A semana em oito gráficos: Bolsas europeias e americanas com saldo negativo. Petróleo sobe há quatro semanas

As bolsas europeias subiram na sexta-feira, mas a semana foi negativa, com os índices penalizados pelo regresso da volatilidade devido aos receios de abrandamento económico. Em Wall Street, o S&P 500 entrou em “bear market”. Já o crude voltou a ganhar terreno.

Volatilidade pressiona Europa

As principais bolsas europeias tiveram saldo negativo, com exceção da praça madrilena. A penalizar esteve a forte volatilidade, à conta dos receios de desaceleração do crescimento económico, o que diminuiu o apetite pelo risco.

PSI com ganhos

O índice de referência nacional fechou a semana com ganhos, depois de registar uma desvalorização na semana anterior. O PSI conseguiu, assim, escapar à volatilidade que marcou a semana em diversos índices europeus, com os investidores a demonstrarem algum receio de um abrandar do crescimento.

BCP sobe quase 13%

O BCP registou a maior subida entre as cotadas da bolsa de Lisboa, a subir 12,75% durante a semana. O banco apresentou contas no início da semana, revelando um disparo dos lucros de 95%. Em sentido contrário, a Jerónimo Martins registou a maior desvalorização entre as cotadas do PSI.

Orpea penaliza Stoxx600

A francesa Orpea, que gere residências para seniores, teve o pior desempenho da Europa, devido a um escândalo financeiro ligado à holding luxemburguesa Lipany por suspeita de operações duvidosas. A cotada afundou quase 30%.

Target castiga S&P500

A retalhista Target caiu mais de 30% na semana e foi a cotada do S&P 500 que mais derrapou, tendo tido na quarta-feira a pior sessão desde 1987 ao afundar mais de 20%. Isto depois de rever em baixa as estimativas para os lucros devido ao aumento dos custos. Outras retalhistas, como a Walmart e Macy’s, foram apanhadas na derrocada.

Libra com maior valorização

A libra esterlina registou a maior valorização na semana face ao dólar norte-americano, com ganhos de 1,76%. O euro alcançou a segunda maior valorização na semana. Ambas as divisas regressaram, assim, aos ganhos semanais, depois de quatro semanas seguidas no vermelho.

Petróleo sobe pela quarta semana

Os preços do Brent avançaram em Londres e subiram pela quarta semana consecutiva, com o otimismo em torno do aumento da procura na época de verão a eclipsar os receios de endurecimento da política monetária dos bancos centrais e de desaceleração económica.

Juros dos EUA derrapam

Os juros norte-americanos registaram a maior desvalorização no registo semanal, numa altura em que os investidores estiveram mais afastados de ativos de risco, como as ações, procurando refúgio noutros ativos, nomeadamente nas obrigações.