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Entrevista a Eduardo García Erquiaga

Director da Escuela de Negocios Caixanova

27 de Setembro de 2010 às 07:00
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Eduardo García Erquiaga
Director da Escuela de Negocios Caixanova

Há um modelo ideal para os programas de formação executiva, em termos de duração, horários, estrutura do curso e cadeiras?
Quando falamos de formação para directivos e profissionais de empresa, encontramo-nos perante uma grande variedade de formatos. Não acreditamos que exista um modelo “tipo”ou “ideal”, mas sim que a própria temática do programa, os seus conteúdos, ou o perfil dos assistentes são variáveis fundamentais para optar-se entre um ou outro formato.
De facto, para a Escuela de Negocios Caixanova estes são elementos básicos no desenho da nossa oferta formativa. Assim, por exemplo, nos programas de longa duração como são os programas master ou os programas avançados de gestão, optamos pelo formato part-time, de fim de semana, de modo a serem compatíveis com a actividade profissional.
Os programas de curta duração, com conteúdos específicos e orientados a aportar ferramentas para a gestão do dia a dia da empresa, podem decorrer ao longo da semana, de forma a que as ferramentas que se ensinem nas aulas possam ser utilizadas de forma imediata no seu posto de trabalho.
Outro formato que está tendo muito boa aceitação, em programas de carácter estratégico, como o Programa de Alta Direccão (PAD) é de uma sessão de um dia completo durante a semana. Neste caso, o próprio planeamento da formação convida a criar um espaço para a reflexão, para a partilha em comum de experiências entre os directivos responsáveis de marcar o rumo da sua organização.

Os cursos de formação executivos devem ser especializados? São meros cursos de reciclagem ou aprende-se de facto algo de novo?
A base de qualquer acção formativa deve ser dar resposta às necessidades dos seus alunos e, mesmo que estas sejam muito diversas, podemos encontrar laços de união. Assim, por exemplo, um programa especializado na problemática de uma área concreta, permitirá incidir na transmissão de ferramentas específicas para optimizar a gestão da mesma e pode abordá-las em diferentes ópticas. Um bom profissional caracteriza-se pelo seu empenho em melhorar no seu posto de trabalho, e um programa especializado é sem qualquer dúvida um dos melhores caminhos para alcançá-lo.
Um programa generalista será de grande utilidade para os directivos, profissionais e empresários que, pelas suas necessidades profissionais, devem ter uma ampla visão da empresa e seu funcionamento, que necessitam de actualizar-se e desenvolver as suas habilidades e competências directivas, que devem marcar as formas de actuar nas diferentes áreas ou departamentos, para, deste modo, criar uma boa rota.
Serão portanto as necessidades do aluno e o ponto em que se encontre na sua carreira profissional quem determinam a idoneidade de um programa especializado ou de carácter generalista. O que temos claro é que sempre devem aprender algo novo; conhecer as novas tendências e correntes de pensamento no âmbito da direcção e da gestão de empresas, técnicas e ferramentas recentes para incrementar a eficiência e optimizar o dia a dia da empresa. Têm de “treinar”, para melhorar. Isto é o que lhes oferecemos em todos os nossos programas.

Que vantagens tem um quadro ou um executivo em frequentar um curso de formação para executivos? Como se concilia a vida profissional com as exigências do curso? Há uma experiência profissional mínima ideal para frequentar um curso deste tipo.? Há um perfil-tipo dos alunos deste tipo de cursos?
São várias as vantagens que se podem extrair da participação num programa formativo dirigido a gestores e executivos e que vão mais longe que a formação de “per se”. Assim, por exemplo, pode-se destacar o facto de que a sala se converte num autêntico forum de especialistas que partilham não só os problemas do seu dia a dia, como também soluções e experiências que tenham desenvolvido. Estes cursos, ao serem frequentados por alunos de diferentes sectores, diferentes departamentos, grandes, médias e pequenas empresas,... permitem o desenvolvimento de uma visão mais ampla da gestão. Também é destacável o papel destes programas na hora de ampliar a “network” dos seus participantes.
Quanto ao perfil do aluno, os requisitos variam dependendo do tipo de programa. No caso da Escuela de Negocios Caixanova os requisitos para o acesso dependem do própio programa; assim, por exemplo, para frequentar o International Executive MBA pedimos uma experiência em postos de responsabilidade de três anos – além da experiência prévia que apresente o candidato. De qualquer forma, independentemente dos “perfis tipo” ou segmentos que se possam estabelecer, no nosso caso todas e cada uma das candidaturas são analizadas de forma individualizada, para garantir ao potencial aluno o perfeito encaixe no grupo que se configure.

Sendo alguns dos cursos de formação de executivos abertos a não licenciados, isso não cria um certo desequilíbrio no grau de conhecimento e de preparação teórica dos alunos? Não cria também uma grande disparidade etária?
No caso da Escuela de Negocios Caixanova nos programas que não se exige formação universitária, exige-se um experiência mínima demostrável na área na qual o aluno se pretende formar. Na nossa envolvente, na qual as pequenas e médias empresas representam um papel fundamental, todos conhecemos casos de empreendedores que desenvolveram negócios de êxito sem uma formação universitária de partida, empresários “feitos por si mesmos”, e que fizeram da sua própia experiência a sua passagem pela universidade. Ainda que seja possível que existam conceitos ou termos “académicos/academicistas” que não conheçam, mas que aprenderão em sala; serão precisamente as suas experiências e vivências o seu grande ponto forte.

Que vantagens tem a experiência face à licenciatura?
Os profissionais da formação sabemos que existem muitas formas de aprender, mas todos coincidimos na opinião de que a melhor é “learning by doing”; a aprendizagem baseada na experiência, nos ensaios de “prova e erro”... por isso na Escuela de Negocios Caixanova potenciamos, através de metodologias como o método do caso, os “business game”, ou os “outdoor training”, as apresentações e defesa de projectos..., as habilidades e competências directivas, para a melhora e crescimento profissional. Assim, um aluno que não possua um título universitário, mas experiência, trará consigo um grande número de vivências, êxitos e fracassos…, em conclusão, uma aprendizagem activa.

Para o caso dos licenciados, que vantagens têm os cursos de formação de executivos face aos programas de mestrado e outros cursos de pós-graduação? E face a um MBA?
Como comentava anteriormente, a nossa forma de entender e administrar formação baseia-se em acompanhar o aluno ao longo da sua trajectória profissional. Por isso, quando pensamos em licenciados, no nosso caso far-se-á a distinção entre aqueles que aportam experiência e os que não. No caso dos licenciados com experiência, qualquer dos nossos programas para directivos ou pós-graduados vão incidir em apresentar ferramentas para optimizar a sua actividade, para adquirir novos hábitos, para desenvolver uma visão mais ampla do seu negócio e, em especial, treinar para melhorar substancialmente o seu desenvolvimento profissional. No caso de licenciados sem experiência profissional, a aposta da Escuela de Negocios Caixanova é um programa MBA, um complemento fantástico para adquirir uma visão geral e práctica da empresa e seu funcionamento, assim como o desenvolvimento das suas habilidades como directivo, tão importante hoje como os próprios conhecimentos, e seja o passo prévio para o início de uma grande carreira no âmbito empresarial.

Há retorno do investimento feito no curso? Depois de frequentar este tipo de programas, os quadros e executivos progridem mais rapidamente, como acontece por exemplo com os titulares de um MBA?
É evidente que existe um retorno do investimento, que se pode traduzir numa promoção, mas os nossos alunos assinalam que a maior rentabilidade que retiram dos programas é a sua capacidade e a aquisição de novas ferramentas e processos para serem “melhores profissionais”, assim como a network que conseguem, tanto com os seus colegas e professores do programa, como com os antigos alunos da Escuela de Negocios Caixanova, que são já mais de 15.000.



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