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Poupança: Corra atrás da sua reforma

Realizámos um inquérito em cinco países sobre a experiência e perceção da vida após a reforma. A maioria dos portugueses continua a não preparar financeiramente a sua velhice.

25 de Outubro de 2016 às 10:27
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Quem não sonha em fugir à ditadura matinal do despertador para ir trabalhar? Deixar para trás a rotina do emprego e ter tempo livre. Se por um lado, esta fase pode ser uma oportunidade para realizar projetos que foram sendo adiados ao longo da vida, por outro, há uma diminuição dos recursos financeiros. As pensões de reforma são, em regra, mais baixas do que os salários auferidos durante a vida ativa. Além disso, passam também a haver outros encargos, por exemplo, com a saúde. Segundo o Relatório de Pensões da OCDE de 2015, 60% dos portugueses com 65 anos ou mais recebem uma pensão mínima. Esse relatório refere que a taxa de substituição em Portugal é de 73,8%. Ou seja, para um salário de referência de 1000 euros significa que o trabalhador tem direito a uma pensão de 738 euros brutos. Há uma perda de 262 euros por cada 1000.

Bélgica, Brasil, Espanha, Itália e Portugal foram os países alvo do nosso inquérito sobre a reforma e o seu impacte na vida das pessoas. Em Portugal, quase 30% dos inquiridos referiu que, ao atingir a reforma, perdeu dinheiro e a qualidade de vida diminuiu. Apenas 1,5% dos inquiridos fugiu a esta estatística. Na Bélgica os valores não foram muito diferentes e no Brasil encontramos o maior descontentamento: cerca de 38% dos inquiridos referiu ter perdido em ambos os aspetos. Decerto que não quer fazer parte destes rankings, por isso está na altura de pensar em como manter o seu nível de vida quando pe durar o fato e a gravata, isto é quando deixar de trabalhar.

Apenas 36% preparou a reforma

As formiguinhas da Europa são os belgas com 67% dos inquiridos a responder que prepararam a sua reforma. As cigarras cantam mais a sul: apenas 36% dos portugueses e 34% dos italianos tiveram esse cuidado ao longo da vida. Independentemente de ter sido trabalhador do setor privado, do setor público ou independente/liberal, mais de 60% dos portugueses admitiu não ter pensado no assunto.

Quando questionados sobre a forma como foi preparada financeiramente a reforma, os produtos mais referidos pelos portugueses foram os Planos Poupança-Reforma (45%), os depósitos (41%) e os Certificados de Aforro ou do Tesouro (39%), ou seja, foi dada primazia aos produtos de baixo risco. Apenas 5% referiu ter um plano de pensões e 9% investiu em fundos.

Na Bélgica o cenário é muito diferente, em que 64% dos inquiridos referiram ter aplicado em fundos de investimento, 55% em depósitos e 24% em planos de pensões; uma estratégia mais de acordo com o horizonte de longo prazo. Outro aspeto curioso dos portugueses é relativamente às decisões do passado de que mais se arrependem: 31% lamenta ter desperdiçado uma oportunidade de carreira com melhor salário e 30% arrependeu-se de se ter reformado antes da idade legal.

É preciso mudar de atitude

Outra das conclusões deste estudo é que cerca de 61% dos portugueses atualmente com pensão de reforma não tem capacidade de poupança. Ou seja, toda a pensão recebida é gasta nas despesas do dia-a-dia, sem margem para fazer face a imprevistos, nem possibilidade de realizar as tais férias adiadas durante a vida de trabalho. Aliás, os portugueses foram os que apresentaram maior dificuldade de poupança na reforma, seguido de 53% dos brasileiros, 50% dos belgas. Os italianos são os que apresentaram maior conforto neste aspeto: apenas 38% dos reformados referiu não conseguir poupar.

Nas atividades de lazer, os portugueses são os que mais se queixam por ter deixado de viajar (33%). Só 11% refere ter passado a viajar mais, contra os 30% dos espanhóis inquiridos. Apenas os programas que não envolvem custos aumentaram: 60% dos portugueses passou a fazer mais passeios a pé (na Bélgica foram apenas 32%).

É claramente necessário mudar de atitude perante a reforma. Preparar financeiramente os dias da idade dourada deve ser uma preocupação de todos, independentemente da idade. Não conte apenas com a pensão da Segurança Social. Até porque estas tenderão a ser cada vez mais baixas.


64%
dos reformados portugueses admitiu não ter programado financeiramente a sua reforma


Quanto mais cedo começar a poupar, mais conseguirá amealhar para não sentir a referida quebra de qualidade de vida e ter maior disponibilidade financeira para realizar os tais projetos adiados, como um cruzeiro. Em Portugal, os Planos Poupança Reforma (PPR) são um produto específico para este fim, que permite fazer entregas regulares ou esporádicas de pequeno montante. Tem dezenas de PPR disponíveis para subscrição, uns sob a forma de fundo, outros sob a forma de seguro de capitalização; alguns garantem o capital, outros não; uns mais arriscados do que outros. Deverá escolher o PPR de acordo com o seu horizonte de investimento e perfil. A vantagem é que alguns funcionam como um fundo misto, podendo investir em ações e obrigações a partir de pequenos montantes. E, tem alguns benefícios fiscais, como uma redução do imposto sobre o rendimento (apenas 8%, enquanto a maior parte dos produtos financeiros cobra 28%), desde que cumpridas as condições. É, um dos produtos de poupança mais populares. No entanto, nem sempre a escolha do produto é a mais adequada. Saiba como fazer a escolha certa na caixa Comparador "Ganhe Mais no PPR".


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Por ignorância ou receio dos mercados, os portugueses são muito conservadores nas suas decisões de poupança para a reforma. Mas poupar para a reforma é constituir uma poupança de longo prazo, pelo que podemos abdicar da liquidez. Como tal, é mais adequado optar por um produto com algum risco, que invista, por exemplo, nos mercados de ações e obrigações. Aplicar em depósitos num horizonte temporal de 30, 20 ou mesmo 10 anos é uma má decisão. Até mesmo os seguros PPR de capital garantido são uma má opção para prazos longos. E, a maior parte dos PPR subscritos têm a forma de seguro (cerca de 90%). Foi precisamente para ajudar os portugueses a tomar decisões mais acertadas que pensámos num comparador de PPR. Se tem um PPR, visite a nossa página www.ganhemaisnoppr.pt e faça uma simulação /comparação com os melhores do mercado para saber se deve ou não transferir o seu plano. Neste comparador estão listados quase 600 PPR, alguns em comercialização e outros que já não aceitam novas subscrições.
A maior parte dos portugueses aplica em seguros PPR quando ainda está muito longe da idade de reforma e poderia tirar partido dos mercados se optasse por um PPR sob a forma de fundo com uma componente de ações. A simulação é muito simples: apenas necessita de indicar o PPR que detém e a sua idade. O comparador diz-lhe se esse produto é adequado ao seu perfil ou se deve transferir para uma das nossas Escolhas Acertadas. Há diferenças superiores a 10% na rentabilidade dos PPR. Imagine o que isso faz às suas poupanças em prazos longos: toda a diferença!



Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.



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