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Produção de petróleo em Angola só deve aumentar 1% este ano

Depois de um aumento de 4,1% em 2024, a consultora britânica Oxford Economics estima para este ano um crescimento bem mais modesto.

Daniel Naupold/AP
02 de Março de 2025 às 10:51
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A consultora Oxford Economics prevê que Angola continue a aumentar ligeiramente a produção diária de barris de petróleo este ano, depois de um aumento de 4,1% em 2024, para 1,176 milhões, cimentando um "crescimento modesto" a médio prazo.

"Prevemos que a produção de petróleo tenha aumentado 4,1% em 2024, para 1,176 milhões de barris diários, e que aumente 1% para 1,187 milhões de petróleo por dia este ano", escrevem os analistas do departamento africano desta consultora britânica.

Num comentário à evolução do setor do petróleo em Angola, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a Oxford Economics escreve que "há vários desenvolvimentos que sustentam um crescimento modesto e contínuo do setor do petróleo a médio prazo".

Entre esses fatores aponta as dez licenças que deverão ser emitidas em breve nas bacias de Benguela e Kwaza, e o licenciamento de novos blocos a partir de 2026 pelo regulador do setor.

"A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis de Angola (ANPG) está a planear mais uma ronda plurianual de licenciamentos para blocos de petróleo e gás a partir de 2026, que pode atrair 60 mil milhões de dólares [57,6 mil milhões de euros] em novos investimentos nos próximos cinco anos", escrevem os analistas.

As previsões são melhores do que indicava num relatíro sobre o setor, em janeiro, a Agência Internacional de Energia (AIE), que previa Angola a bombear 1,11 milhões de barris por dia em 2024, e depois 1,08 e 10,9 nos dois anos seguintes.

No princípio de janeiro, a Oxford Economics tinha previsto que Angola estagnasse a produção de petróleo este ano nos 1,173 milhões de barris diários este ano.

Angola, o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, a seguir à Nigéria, saiu da Organização dos Países Exportadores de Petróleo no princípio de 2024 por discordar com as quotas impostas.

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