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Orbán apela à unidade da direita

Primeiro-ministro da Hungria acusou a Comissão Europeia de Ursula von der Leyen de ter "falhado na agricultura, na guerra, na imigração e na economia".

05 de Junho de 2024 às 13:55
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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, apelou terça-feira a um pacto entre a chefe de governo italiana, Giorgia Meloni, e a candidata presidencial da Convergência Nacional francesa, Marine Le Pen, de modo a aproveitar "uma oportunidade histórica para mudar a maioria" no Parlamento Europeu.

Orbán acusou a Comissão Europeia de Ursula von der Leyen de ter "falhado na agricultura, na guerra, na imigração e na economia", em entrevista publicada pelo diário de Milão Il Giornale.  

O chefe do governo de Budapeste declarou que "o reforço da democracia significa eleger uma nova Comissão" e que Meloni e Le Pen "devem colaborar para chegar a um acordo" para uma maioria de direita no Parlamento Europeu.

O Fidesz de Viktor Orbán deixou em 2021 o Grupo do Partido Popular Europeu (que integra o PSD e o CDS, apresentando Ursula von der Leyen como candidata a um segundo mandato à frente da Comissão) na sequência de críticas dos parceiros de centro-direita à manipulação do sistema judiciário e de ameaças a liberdades democráticas por parte do partido húngaro.

Orbán disse ser sua intenção aderir ao Grupo de Conservadores e Reformistas na próxima legislatura apesar de algumas divergências com os demais partidos "a começar pela visão acerca da guerra na Ucrânia" que considera um perigo para a Europa.

O líder do Fidesz adiantou estar aberto à criação de "um novo grande grupo de direita europeu" que una a Convergência Nacional de Le Pen, presentemente no Grupo Identidade e Democracia que o Chega pretende integrar, e o Grupo de Conservadores e Reformistas em que participa Irmãos de Itália, de Meloni.

Os Irmãos de Itália e a Convergência Nacional lideram as sondagens em Itália e França para as eleições ao Parlamento Europeu.

O líder do Fidesz chefia o executivo de Budapeste desde maio de 2010 e as sondagens sobre intenção de voto atribuem mais de 40% ao seu partido nas eleições de domingo em que se apresenta com uma plataforma de combate ao "federalismo de Bruxelas".

A Hungria assume a presidência semestral do Conselho Europeu a 1 de julho e Orbán reiterou na entrevista a Il Giornale que o seu governo respeita o estado de direito e resiste à chantagem da União Europeia para impor "políticas de género e de imigração" que violam a soberania nacional.
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