Notícia
Portugal só tem um repetente no Parlamento Europeu
São quase todos rostos novos no Parlamento Europeu. À exceção de Lídia Pereira, o contingente de eurodeputados portugueses estreia-se em Bruxelas e Estrasburgo. A grande maioria deverá integrar os grupos políticos que têm formado a “grande coligação” pró-UE composta por PPE, Socialistas e Liberais. Eis alguns atributos do conjunto dos membros lusos do hemiciclo europeu.
24 de Junho de 2024 às 10:00
Quando a nova legislatura europeia começar oficialmente, a 16 de julho, os 21 eurodeputados portugueses eleitos representarão 2,9% de um total de 720 membros. Um dos aspetos mais relevantes no conjunto dos membros portugueses é que são quase todos estreantes na instituição, tendo alguns partidos apostado não só na renovação dos cabeças de lista mas também dos restantes candidatos. Outros partidos obtiveram representação pela primeira vez.
Com a saída para o Governo da AD de quatro eurodeputados do PSD e um do CDS, só a social-democrata Lídia Pereira repete mandato. Por seu turno, o PS operou uma renovação total na lista (sendo que Francisco Assis já foi eurodeputado em outras legislaturas). Já a IL e o Chega elegeram pela primeira vez para o PE. O BE e a CDU conseguiram a eleição dos cabeças de lista (estreantes).
O contingente luso em Bruxelas e Estrasburgo apresenta uma média de idade de 49 anos. Portugal terá mais deputados jovens do que a média comunitária: cerca de 24% (5 eurodeputados) têm menos de 40 anos, enquanto a média da UE é de 20,4%, apurada pelo EU Matrix, organismo de monitorização das instituições europeias. 14,2% dos eleitos portugueses têm mais de 60 anos, o que compara com a média europeia - 19,5%.
Já em relação ao género, os portugueses elegeram oito mulheres (38% do total) e treze homens (62%). Em percentagem, Portugal não desafina da média europeia. Mas na legislatura que agora termina, o país tinha mais eurodeputadas: 47,6%, em abril de 2024.
Portugal "destoa" da Europa
Comparando com alguns Estados-membros onde a extrema-direita ou a direita radical soberanista e anti-imigração consolidaram ou aumentaram representação nas eleições europeias (como em França, Alemanha, Itália, Áustria ou Bélgica), e em alguns casos venceram, em Portugal os partidos pertencentes à habitual "grande coligação" europeísta (PPE, Socialistas e Liberais) continuam a ser largamente maioritários.
O primeiro-ministro referiu isso mesmo aos jornalistas no final do jantar de líderes europeus, na semana passada, durante o qual se discutiram os nomes para os cargos de topo da UE. Luís Montenegro sublinhou que a soma dos mandatos da AD, PS e IL (17 deputados em 21) faz Portugal "destoar" da Europa porquanto "o nível relativo de partidos com posições moderadas e construtivas pró-Europa é praticamente inigualável", notando que os extremos elegeram quatro deputados (ao contrário de outros Estados-membros).
Que grupos políticos vão integrar?
A esmagadora maioria do contingente português vai integrar um dos três partidos do arco da governação pró-UE. Os oito deputados do PS vão sentar-se na bancada do grupo dos Socialistas e Democratas, a segunda maior do hemiciclo europeu (136 deputados). Os sete parlamentares da AD vão integrar o grupo mais numeroso do Parlamento, o Partido Popular Europeu (190). Os dois eleitos da IL estarão no grupo centrista e liberal Renew (81). O grupo Identidade e Democracia (58) deverá acolher os dois parlamentares do Chega. Os deputados do BE e CDU irão integrar a bancada A Esquerda (39).
Numerologia
Com a saída para o Governo da AD de quatro eurodeputados do PSD e um do CDS, só a social-democrata Lídia Pereira repete mandato. Por seu turno, o PS operou uma renovação total na lista (sendo que Francisco Assis já foi eurodeputado em outras legislaturas). Já a IL e o Chega elegeram pela primeira vez para o PE. O BE e a CDU conseguiram a eleição dos cabeças de lista (estreantes).
Já em relação ao género, os portugueses elegeram oito mulheres (38% do total) e treze homens (62%). Em percentagem, Portugal não desafina da média europeia. Mas na legislatura que agora termina, o país tinha mais eurodeputadas: 47,6%, em abril de 2024.
Portugal "destoa" da Europa
Comparando com alguns Estados-membros onde a extrema-direita ou a direita radical soberanista e anti-imigração consolidaram ou aumentaram representação nas eleições europeias (como em França, Alemanha, Itália, Áustria ou Bélgica), e em alguns casos venceram, em Portugal os partidos pertencentes à habitual "grande coligação" europeísta (PPE, Socialistas e Liberais) continuam a ser largamente maioritários.
O primeiro-ministro referiu isso mesmo aos jornalistas no final do jantar de líderes europeus, na semana passada, durante o qual se discutiram os nomes para os cargos de topo da UE. Luís Montenegro sublinhou que a soma dos mandatos da AD, PS e IL (17 deputados em 21) faz Portugal "destoar" da Europa porquanto "o nível relativo de partidos com posições moderadas e construtivas pró-Europa é praticamente inigualável", notando que os extremos elegeram quatro deputados (ao contrário de outros Estados-membros).
Que grupos políticos vão integrar?
A esmagadora maioria do contingente português vai integrar um dos três partidos do arco da governação pró-UE. Os oito deputados do PS vão sentar-se na bancada do grupo dos Socialistas e Democratas, a segunda maior do hemiciclo europeu (136 deputados). Os sete parlamentares da AD vão integrar o grupo mais numeroso do Parlamento, o Partido Popular Europeu (190). Os dois eleitos da IL estarão no grupo centrista e liberal Renew (81). O grupo Identidade e Democracia (58) deverá acolher os dois parlamentares do Chega. Os deputados do BE e CDU irão integrar a bancada A Esquerda (39).
Numerologia
49Anos
A média de idade dos eurodeputados lusos eleitos para esta nova legislatura é de 49 anos.
2,9%Deputados
Os portugueses representam 2,9% do total de deputados que integram o Parlamento Europeu.
8Mulheres
Portugal elegeu oito mulheres e 13 homens para o PE, uma percentagem em linha com a média da UE.