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Portugueses podem salvar o ano turístico de 2020

"O turismo tem ajudado muito o país, por isso é altura para uma certa reciprocidade e os portugueses ajudarem o turismo", referiu Rita Batista Marques, secretária de Estado do Turismo, na 4ª webconferência PME no Radar, dedicada ao turismo. Adiantou ainda que está a preparar um segundo pacote de medidas para o setor.

02 de Junho de 2020 às 15:15
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"A grande aposta é o turismo interno que, em 2019, representou 30% das dormidas, e poderá ajudar a que 2020 não seja um ano completamente perdido. O turismo tem ajudado muito o país, por isso é altura para uma certa reciprocidade e os portugueses ajudarem o turismo", referiu Rita Batista Marques, secretária de Estado do Turismo, na 4ª webconferência PME no Radar, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Santander, dedicada ao Turismo.

 

Sublinhou que este choque pandémico afetou profundamente o setor turístico, que tinha sido um motor da economia portuguesa, tendo em 2019 recebido 27 milhões de hóspedes. As expectativas para 2020 eram elevadas com um crescimento de 12% em janeiro, 14% em fevereiro e, depois, em abril, segundo o INE, houve uma desaceleração de cerca de 97%.

 

"Batemos no fundo e só há uma alternativa, é dar a volta, porque, quando se bate no fundo, qualquer melhoria que tenhamos será sempre melhor que a situação que temos atualmente", concluiu Rita Batista Marques.

 

A governante referiu-se às três frentes que a secretaria de Estado do Turismo tem como prioritárias como as competências, a cooperação e a comunicação. A primeira tem a ver com as pessoas porque o setor do turismo é um setor de pessoas para pessoas. Recordou que, quando foi identificada esta crise, nas primeiras semanas de março, "houve uma preocupação em criar os instrumentos e as medidas que pudessem permitir que as empresas pudessem respirar um pouco. O balanço que fazemos das medidas é relativamente positivo, e digo relativamente porque há espaço para melhorar. Inclusivamente estamos a trabalhar para um segundo pacote de medidas".

 

Além dos instrumentos de natureza financeira, fiscais, como os lay-offs simplificados, as moratórias fiscais e de crédito bancário, "desenhamos um pacote importante de ações de formação para todos os profissionais que estavam confinados em casa, em muitos casos em lay-off. O turismo representou 25% das empresas que solicitaram o lay-off e tivemos uma preocupação acrescida no que toca à competência dos profissionais do turismo porque este é um setor de pessoas para pessoas".

 

Recordou ainda que o turismo é um setor com 400 mil postos de trabalho, mas fortemente ancorado nas PME, com 132 mil empresas, das quais 75% são empresários em nome individual.

 

A PPP do turismo

 

"O setor do turismo tem crescido muito nos últimos anos graças a uma parceria público privada muito robusta. Nesta altura de crise isso aconteceu, sempre em busca de soluções. Embora muitas vezes as discussões sejam mais difíceis porque os recursos não existem como todos gostaríamos", disse Rita Batista Marques.

 

No balanço que faz destes meses dramáticos para o sector sustentou que a comunicação foi fundamental nas várias campanhas do Turismo de Portugal, e nos contactos com operadores económicos nacionais e internacionais, como os operadores aéreos, com os tour-operators dos vários mercados emissores mais importantes para Portugal como o Reino Unido, a Espanha, a França, a Alemanha, os Estados Unidos e o Canadá.

 

Afirmou que "os resultados do combate à pandemia na esfera da saúde pública ajudaram e estão a ajudar a que Portugal tenha uma projeção internacional interessante como destino turístico seguro".

 

Rita Batista Marques salientou o sucesso do selo Clean & Safe, uma iniciativa pioneira na Europa. "Esta iniciativa teve uma grande receção em Portugal. Estamos a falar de 9 mil empresas que a partir de 24 de abril de 2020 solicitaram o selo e o mostram de forma orgulhosa nas várias plataformas de reservas de alojamentos e afins".

 

Constatou que o selo ganhou vida própria e hoje para além do alojamento/hotelaria, animação turística e as agências de viagem, está em museus, guias e intérpretes, restauração. "O que pode ajudar à construção de um destino turístico de excelência e seguro" concluiu Rita Batista Marques.

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