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Proterra trava na paragem da falência
Empresa norte-americana que fabrica autocarros elétricos avançou com um pedido de falência,
A Proterra, uma empresa norte-americana que fabrica autocarros elétricos e sistemas de baterias elétricas para outros veículos elétricos pesados, entrou com um pedido de falência no início desta semana.
De acordo com analistas este desfecho mostra que mesmo com apoios governamentais e um nível apreciável de encomendas, alguns setores não podem competir com os principais fabricantes da China.
As diferentes especificidades exigidas aos autocarros pelas autoridades públicas norte-americanas, que variam de Estado para Estado, complicaram o negócio da Proterra e aumentaram os custos da empresa que tem sede em Delaware, Carolina Sul.
A Proterrra recorreu ao chamado "Chapter 11", o que permite tentar a recuperação da empresa a coberto das leis de falência dos Estados Unidos. Ou seja, a empresa irá continuar a laborar normalmente enquanto usa o processo de falência para vender ou recapitalizar as diferentes áreas dos seus negócios.
A empresa registou um prejuízo de 250 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, cinco vezes mais do que o registado no período homólogo de 2022.
Os ativos e os passivos declarados pela Proterra no "Chapter 11" são de 500 milhões de dólares.
"Enfrentamos vários ventos contrários de mercado e macroeconómicos que afetaram nossa capacidade de escalar com eficiência", explicou o CEO Gareth Joyce em comunicado ditado pela Reuters.
Um estudo da Deloitte refere que as preocupações com a cadeia de fornecedores, a escassez de financiamento e uma procura demasiado lenta tornaram-se grandes desafios para os fabricantes de veículos elétricos.
A Proterra foi fundada em 2004 e já vendeu cerca de 1.300 autocarros nos Estados Unidos e Canadá. Também fornece sistemas de transmissão e baterias para outros fabricantes.
Especialistas sustentam que se a divisão de autocarros da Proterra conseguir sobreviver à falência, por conta própria ou adquirida por um rival, o futuro poderá ser promissor devido à procura de autocarros elétricos escolares, um mercado onde nunca entrou, e também pela circunstância de distribuidores como a Amazon quererem o seu negócio de distribuição cada vez mais verde.