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Lucros da Brisa caem quase 40% para 123 milhões em 2020
As receitas de portagem da Brisa Concessão Rodoviária caíram 23,7% para 475,3 milhões de euros no ano passado, altura em que o tráfego diminuiu mais de 25% face a 2019, devido aos impactos da pandemia.
A Brisa Concessão Rodoviária (BCR), que gere a concessão principal do grupo agora liderado por António Pires de Lima, obteve um resultado líquido de 122,9 milhões de euros no ano passado, o que significa uma queda de 39,9% face aos 204,5 milhões registados em 2019.
Em comunicado, a empresa salienta que 2020 "foi um ano muito atípico, fortemente marcado pela pandemia da covid-19", lembrando que a partir do mês de março e até ao final do ano, "as sucessivas declarações de Estado de Emergência e as várias medidas e restrições impostas pelo Governo português à circulação de pessoas e ao livre exercício de atividades económicas, como resposta à pandemia, tiveram um impacto negativo no tráfego das infraestruturas rodoviárias concessionadas à BCR".
Segundo adianta, o tráfego médio diário (TMD) em 2020 registou uma variação negativa de 25,2% face a 2019, a que correspondeu um volume de tráfego de 15.981 veículos/dia. Já a circulação caiu 25%,beneficiando do facto de 2020 ter sido um ano bissexto.
Todas as autoestradas da concessão registaram decréscimos de procura, tendo o tráfego caído entre 12,4% na A14 e 32,6% na A6, revela ainda no comunicado.
Os proveitos operacionais totalizaram 500,9 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 23,4% face ao período homólogo, com as receitas de portagem a atingirem os 475,3 milhões, o que equivale a um recuo de 23,7%. Já as receitas relacionadas com as áreas de serviço atingiram os 20,1 milhões, menos 19,5% do que um ano antes.
Já os custos operacionais atingiram os 131,7 milhões, 1,7% abaixo do registado em 2019. O EBITDA foi, assim, de 369,2 milhões, o que representa um decréscimo de 29% - ou 150,7 milhões de euros - face ao mesmo período do ano anterior.
O investimento (Capex) na rede concessionada totalizou 52,1 milhões, representando uma queda de 21,2% face ao período homólogo.
Já a dívida bruta da BCR era, a 31 de dezembro, de 1.810 milhões de euros, menos 164 milhões do que no final de 2019.