O Metro de Lisboa vai poder gastar 7 milhões na manutenção de escadas rolantes e elevadores até 2030, depois de ter recebido autorização do Ministério das Finanças para a realização dessa despesa. A autorização consta de uma portaria publicada esta quinta-feira em Diário da República e surge na sequência de críticas por parte dos utilizadores às sucessivas paragens nestes equipamentos.

A verba destina-se apenas à manutenção de equipamentos de acesso ao metro nas estações da Baixa Chiado e Aeroporto. Em causa está a "manutenção completa de 22 escadas mecânicas e seis elevadores", à qual se juntam os encargos com serviços complementares de gestão da operação, gestão de reclamações e interface com os clientes e gestão das inspeções periódicas legalmente exigidas, previstos entre 2025 e 2030.

Para avançar com o lançamento de um procedimento para a contratação desses serviços, o Metropolitano de Lisboa fica autorizado a gastar, até 2030, um montante máximo de 7 milhões de euros, "ao qual acresce IVA à taxa legal em vigor". Para este ano, a verba prevista é de 700 milhões de euros, sendo que nos anos seguintes o montante sobe para 1.400 milhões até 2029 e, em 2030, volta a ser de 700 milhões.

Das 56 estações da rede atual do Metro de Lisboa, existem 121 elevadores, 234 escadas mecânicas e 10 tapetes rolantes. As estações da Baixa Chiado e do Aeroporto são duas das que têm levantado mais críticas, por serem também das mais procuradas, tanto por residentes como turistas.

Em agosto do ano passado, o Metro de Lisboa informou que, desde 2018, foram investidos 22,5 milhões de euros na melhoria das acessibilidades, com a instalação, substituição ou modernização de elevadores, escadas e tapetes mecânicos em toda a sua rede. A expectativa é de que, no final deste ano, o número de estações com acessibilidade plena aumentasse de 44 para 52, no âmbito do Plano Nacional para a Promoção da Acessibilidade.