Notícia
Bolt e Raditáxis do Porto unidos em plataforma a partir de 1 de julho
O projeto-piloto de "seis meses" pretende conceder a "oportunidade aos associados da Raditáxis do Porto de poderem experimentar a plataforma e ver quais são os seus benefícios".
14 de Junho de 2023 às 18:50
A partir de 1 de julho a plataforma Bolt e a Raditáxis do Porto trabalharão em parceria, num projeto-piloto de seis meses, para melhorar a resposta aos pedidos de mobilidade no Porto, revelou à Lusa Nuno Inácio, daquela aplicação.
O responsável da TVDE [Transporte em veículo descaracterizado] da Bolt em Portugal explicou que a iniciativa surge no seguimento da parceria operada na ilha da Madeira, com a Táxis RAM.
"Achamos que é um bom passo não só para a indústria do táxi como para a indústria da mobilidade nas cidades podermos englobar na mesma plataforma TVDE e táxis", defendeu Nuno Inácio, falando de uma parceria em que coube à Bolt "o primeiro passo".
O projeto-piloto de "seis meses" pretende conceder a "oportunidade aos associados da Raditáxis do Porto de poderem experimentar a plataforma e ver quais são os seus benefícios", explicou.
Na prática, a partir de julho, relatou Nuno Inácio, "o cliente entra na plataforma, faz o pedido, coloca o destino de recolha e o destino final e depois pode escolher entre as várias categorias de táxis", que nesta fase inicial serão três: normal, que replicará o preço do taxímetro normal, light que faz a réplica dos preços na Bolt e uma última categoria, para veículos maiores, os táxis XL, que será uma réplica do taxímetro".
"No ato, o cliente poderá escolher um TVDE ou um táxi", acrescentou, manifestando-se convencido de que se trata de situação em que "todos ganham".
Até 01 de julho, os taxistas poderão inscrever-se na plataforma, sendo o sucesso da parceria "avaliado em janeiro de 2024", indicou o responsável da Bolt, convicto não só de que "terá bons resultados" como "poderá ser o primeiro passo para avançar para outras cidades do país".
Agostinho Seixas, presidente da Raditáxis do Porto, classificou à Lusa o negócio como um "passo disruptivo, pois as próprias cidades estão a crescer e a registar necessidades também elas disruptivas".
"Seja no Porto ou em Lisboa, são duas cidades em que nada se assemelha ao que se viveu na altura dos protestos [contra a entrada em vigor das plataformas TVDE que ocorreram entre 2015 e 2018], principalmente a nível da mobilidade", defendeu, enfatizando que "esta é uma necessidade que se apresenta como natural" no que se pensa que "seja essencial para a mobilidade do Porto".
Afirmando-se, por isso, convicto "numa transição pacífica" dos taxistas da sua associação, "como foram todas as transições ocorridas no setor do táxi", o dirigente da associação espera ver "envolvidos os 425 táxis do contingente da Raditáxis do Porto".
"Cada um decide por si. Nós preocupamo-nos em defender algumas condições especiais como já tinha sido feito na Madeira, conseguindo para os nossos cooperantes vantagens competitivas que de outra maneira (...) não conseguiriam ter da parte do Bolt", assinalou Agostinho Seixas.
Questionado se a opção pela plataforma digital vai mandar para o desemprego quem trabalha nas centrais telefónicas, o dirigente respondeu que "não obrigatoriamente", argumentando depois que "as mudanças legislativas obrigam as centrais de menor expressão a transitar para o digital, socorrendo-se de centrais maiores".
"Claramente irá haver um número de pedidos de táxis a passar por esta via tecnológica, ou seja, haverá um crescendo de chamadas em resposta a pequenas realidades, mais isoladas, e sem capacidade para funcionar 24 horas por dia e 365 dias por ano", acrescentou.
Paulo Pereira, presidente da Táxis RAM Madeira, descreveu à Lusa o projeto-piloto de dois meses operado na região autónoma já este ano, assegurando que se "for feito da mesma forma (...) será um sucesso".
"De dia para dia as coisas funcionam cada vez melhor e as pessoas estão cada vez mais confiantes na aplicação. Hoje em dia, na Madeira, as pessoas estão mais viradas para o táxi Bolt, mais mesmo do que para os carros descaracterizados", contou.
Paulo Pereira revelou ainda que o contingente atual "é de 50 táxis Bolt" e que esperam "pela revisão da legislação regional, em 2024, para o poder aumentar".
O responsável da TVDE [Transporte em veículo descaracterizado] da Bolt em Portugal explicou que a iniciativa surge no seguimento da parceria operada na ilha da Madeira, com a Táxis RAM.
O projeto-piloto de "seis meses" pretende conceder a "oportunidade aos associados da Raditáxis do Porto de poderem experimentar a plataforma e ver quais são os seus benefícios", explicou.
Na prática, a partir de julho, relatou Nuno Inácio, "o cliente entra na plataforma, faz o pedido, coloca o destino de recolha e o destino final e depois pode escolher entre as várias categorias de táxis", que nesta fase inicial serão três: normal, que replicará o preço do taxímetro normal, light que faz a réplica dos preços na Bolt e uma última categoria, para veículos maiores, os táxis XL, que será uma réplica do taxímetro".
"No ato, o cliente poderá escolher um TVDE ou um táxi", acrescentou, manifestando-se convencido de que se trata de situação em que "todos ganham".
Até 01 de julho, os taxistas poderão inscrever-se na plataforma, sendo o sucesso da parceria "avaliado em janeiro de 2024", indicou o responsável da Bolt, convicto não só de que "terá bons resultados" como "poderá ser o primeiro passo para avançar para outras cidades do país".
Agostinho Seixas, presidente da Raditáxis do Porto, classificou à Lusa o negócio como um "passo disruptivo, pois as próprias cidades estão a crescer e a registar necessidades também elas disruptivas".
"Seja no Porto ou em Lisboa, são duas cidades em que nada se assemelha ao que se viveu na altura dos protestos [contra a entrada em vigor das plataformas TVDE que ocorreram entre 2015 e 2018], principalmente a nível da mobilidade", defendeu, enfatizando que "esta é uma necessidade que se apresenta como natural" no que se pensa que "seja essencial para a mobilidade do Porto".
Afirmando-se, por isso, convicto "numa transição pacífica" dos taxistas da sua associação, "como foram todas as transições ocorridas no setor do táxi", o dirigente da associação espera ver "envolvidos os 425 táxis do contingente da Raditáxis do Porto".
"Cada um decide por si. Nós preocupamo-nos em defender algumas condições especiais como já tinha sido feito na Madeira, conseguindo para os nossos cooperantes vantagens competitivas que de outra maneira (...) não conseguiriam ter da parte do Bolt", assinalou Agostinho Seixas.
Questionado se a opção pela plataforma digital vai mandar para o desemprego quem trabalha nas centrais telefónicas, o dirigente respondeu que "não obrigatoriamente", argumentando depois que "as mudanças legislativas obrigam as centrais de menor expressão a transitar para o digital, socorrendo-se de centrais maiores".
"Claramente irá haver um número de pedidos de táxis a passar por esta via tecnológica, ou seja, haverá um crescendo de chamadas em resposta a pequenas realidades, mais isoladas, e sem capacidade para funcionar 24 horas por dia e 365 dias por ano", acrescentou.
Paulo Pereira, presidente da Táxis RAM Madeira, descreveu à Lusa o projeto-piloto de dois meses operado na região autónoma já este ano, assegurando que se "for feito da mesma forma (...) será um sucesso".
"De dia para dia as coisas funcionam cada vez melhor e as pessoas estão cada vez mais confiantes na aplicação. Hoje em dia, na Madeira, as pessoas estão mais viradas para o táxi Bolt, mais mesmo do que para os carros descaracterizados", contou.
Paulo Pereira revelou ainda que o contingente atual "é de 50 táxis Bolt" e que esperam "pela revisão da legislação regional, em 2024, para o poder aumentar".