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Tripulantes da TAP mantêm greve de sete dias

Os associados do SNPVAC chumbaram a proposta da administração da TAP por larga maioria. A greve marcada para 25 a 31 janeiro vai para a frente.

Lusa
19 de Janeiro de 2023 às 15:02
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Os associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) chumbaram esta quinta-feira, em assembleia geral, a proposta apresentada pela TAP, mantendo-se assim a greve de sete dias para o final deste mês.

O Negócios sabe que os associados do SNPVAC recusaram, por larga maioria (858 votos contra, 29 a favor e 9 abstenções), a proposta, o que significa que a greve entre os dias 25 e 31 de janeiro vai acontecer.

No final da assembleia geral, Ricardo Penarroias, presidente do SNPVAC, afirmou aos jornalistas que apesar de ter havido um avanço na última proposta apresentada pela administração da TAP, "foi insuficiente".
  
"Chegou o momento em que parece que é inegociável, porque depois de três assembleias já começa a ser pouco sento vir aqui com mais umas quantas migalhas", afirmou, frisando que "o sentimento de revolta, asosicado ao ambiente que se vive no grupo TAP, é grande".

"Ou vimos com algo com conteúdo, que seja taxativo e isso é os 14 pontos ou senão parece-nos inevitável que venha a acontecer a greve", disse, devido ao facto de os tripulantes reivindicarem 14 questões mas terem sido alcançadas com a administração da TAP apenas 11.

 

À entrada da assembleia geral, Ricardo Penarroias tinha já afirmando aos jornalistas que era provável que a paralisação se mantivesse, frisando que "a insatisfação é grande" e generalizada a todos os trabalhadores da companhia aérea. Uma situação que disse ter já dito ao ministro das Infraestruturas.

A decisão desta quinta-feira, afirmou ainda, é muito influenciada "por tudo o que se passou em redor", acrescentando que as declarações de ontem da CEO da TAP "não vieram ajudar esta assembleia".


"Muito do que se passa neste momento advém de erros de gestão", frisou ainda Ricardo Penarroias, reconhecendo que os cortes salariais dos tripulantes estavam previstos, mas "não estavam era indemnizações de 500 mil euros".

Esta quinta-feira de manhã o ministro das Infraestruturas reuniu-se com a direção do SNPVAC, que saudou "pelo espírito de compromisso que permitiu chegar a um documento importante para um futuro de sustentabilidade e crescimento da TAP".


João Galamba afirmou ainda que, perante a informação prestada pela direção do sindicato sobre o acordo alcançado, estava "convicto" de que a assembleia geral do SNPVAC daria um passo decisivo para a melhoria da situação dos trabalhadores e da companhia aérea e evitasse a greve de sete dias que "causaria um grave dano à empresa".

No entanto, a direção do sindicato submeteu a proposta da administração da TAP aos seus associados, que a recusaram. 

 

Os tripulantes da TAP estiveram já em greve nos dias 8 e 9 de dezembro, o que levou a companhia aérea a cancelar um total de 360 voos, com um impacto da ordem dos oito milhões de euros.

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