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TAP elimina dívida da Manutenção Brasil antes da privatização
Fernando Pinto, presidente da TAP, mostrou-se confiante em relação ao processo de privatização, reaberto agora pelo Executivo, mas escusou-se a falar sobre o modelo aplicado.
O presidente da TAP disse que a empresa se tem vindo a preparar na última década para a privatização e que agora está melhor do que nunca.
"O que fazemos na preparação, e isso já tem 14 anos, é valorizar a empresa. E isso é a nossa preparação para a privatização e não tenho dúvidas que tem surtido efeito porque as informações que temos é que há mais interessados e a empresa tem mais valor", disse Fernando Pinto à margem do congresso das comunicações promovido pela APDC, que decorre no CCB, em Lisboa.
O negócio da manutenção no Brasil tem sido um dos calcanhares de Aquiles do Grupo TAP, no processo de venda do grupo, mas Fernando Pinto assegurou que estão a conseguir reestruturar a empresa.
"Os sinais da empresa são muito bons, a facturação está a crescer a um ritmo de 15%, o volume de contingências caiu para quase 20% face a 3 anos, e a sua dívida para com o Estado brasileiro hoje já não existe", detalhou Fernando Pinto.
A TAP pagou cerca de 20% directamente ao Estado brasileiro, mas o restante foi pago com créditos fiscais. A companhia liquidou cerca de 70 milhões de euros, com um dispêndio de tesouraria de 20 milhões.
No entanto quanto à dívida da manutenção Brasil para com a TAP, Fernando Pinto diz que ainda necessita de aprovação.
Quanto a interessados, Fernando Pinto diz não poder " falar nem número nem em quem. O que posso dizer é que são vários".
Em detalhe quanto à notícia do jornal í sobre a idoneidade de Frank Lorenzo, o empresário norte-americano que está com Miguel país do Amaral na corrida à TAP, Fernando Pinto diz que o conhece "há bastantes anos, é uma pessoa bastante séria, que, sim, teve problemas no início, na época que havia o domínio dos sindicatos, no transporte aéreo mas ele decidiu enfrentar, mas isso tem quase 40 anos".
O gestor referiu que esta é uma fase ainda política do processo e "quem fala do processo é o Governo".