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Inspetores do SEF dizem que filas do aeroporto são responsabilidade da ANA e Governo
Presidente do Sindicato dos Inspetores do SEF, Acácio Pereira, diz que os 16 balcões de controlo da fronteira estão a funcionar a 100% e que têm capacidade para processar entre 800 a 1000 passageiros. No entanto, em determinados momentos, há picos de 2500, 5000 ou até de 10 mil passageiros, salienta. Solução para o problema passa pelo novo aeroporto.
Os inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) dizem que as longas filas de espera nos aeroportos, sobretudo no de Lisboa, são da responsabilidade do governo e da ANA e alertam que o problema só se resolve com um novo aeroporto.
Os 16 balcões de atendimento para o controlo da fronteira já estão a funcionar a 100% com elementos do SEF e "não é possível construir mais", diz o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF, Acácio Pereira, em entrevista ao DN/TSF.
Além disso, sublinha ainda Acácio Pereira, "o aeroporto de Lisboa tem 55 lojas de marca" e o "controlo de segurança tem 16 boxes". Portanto, conclui, "isto demonstra bem qual é o interesse e o que é mais importante".
Em seu entender, reforça, a ANA e o governo "já deviam ter construído" um novo aeroporto porque o de Lisboa está "sobrecarregadíssimo".
De acordo com o inspetor do SEF, com os atuais meios "é impossível haver capacidade de resposta". Com os 16 balcões abertos, e tendo cerca de um minuto por passageiro, o SEF "consegue processar entre 800 e 1000 passageiros". Mas há "picos com 2500 passageiros ou com 5000 e temos períodos de quase 10 mil passageiros a um determinado momento", alerta Acácio Pereira.
Sobre as soluções previstas no plano de contingência e a criação de uma área distinta para os passageiros do Reino Unido, Canadá e EUA, classifica como "racismo comercial" porque "uns têm um tratamento diferenciado para melhor e os outros são concentrados neste sítio que não tem condições, que está em rutura e que não tem capacidade para responder, mesmo que o serviço colocasse lá mais inspetores a trabalhar".