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Índia mantém proibição de Wi-Fi a bordo dos aviões
Os reguladores indianos têm vindo a oferecer resistência à utilização da tecnologia nos aviões que sobrevoam o seu espaço aéreo por razões de segurança. Mas os especialistas desvalorizam os receios de Nova Deli.
Apesar da pressão feita por companhias aéreas como a Emirates ou a Jet Airways para tentar mudar a lei e permitir oferecer acesso à internet aos seus passageiros, o governo de Nova Deli resiste em permitir o uso da tecnologia wi-fi em espaço aéreo indiano.
A proibição do uso desta tecnologia de transferência de dados sem fios aplica-se a todos os voos que passem no espaço aéreo indiano, afectando não só voos domésticos como também os que ligam o Leste e o Sudeste asiático ao Médio Oriente e à Europa, conta o The Wall Street Journal.
Em Agosto passado, o secretário da Aviação Civil indiana, R.N. Choubey afirmou que as restrições de acesso à internet a bordo seriam levantadas no espaço de "10 dias". No entanto, e apesar dos apelos da indústria e dos certificados da Administração Federal de Aviação norte-americana, a proibição mantém-se.
As preocupações com a segurança na Índia surgem num contexto em que a tensão militar entre o país e o Paquistão se tem reacendido, pela disputa por Caxemira. A região tem sido alvo de ataques terroristas, geralmente atribuídos a grupos islamitas ou a rebeldes maoistas.
Especialistas de tecnologia de aviação desvalorizam as preocupações de segurança por detrás da proibição de wi-fi no espaço aéreo indiano. Mark D. Martin, fundador da consultora de aviação Martin Consulting LLC, afirma que os sistemas que permitem o acesso à internet a bordo e os que têm influência no voo de um avião não comunicam entre si. E diz que as razões por detrás das restrições são "infundadas".
Os serviços de Wi-Fi a bordo são geralmente providenciados por companhias como a Gogo Inc ou a SITA OnAir. Um porta-voz da Gogo avança ao mesmo jornal que a aprovação da mudança na legislação acontecerá. Do lado da SITA OnAir, Oliver Drennan, conselheiro-geral, afirma haver um interesse em oferecer conectividade à Internet aos passageiros, e que a empresa tem vindo a trabalhar com as autoridades.