O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, recebeu, esta quinta, 10 de Abril, o presidente executivo da companhia árabe Etihad Airways, James Hogan. Os dois responsáveis analisaram a situação da Alitalia e a sua possível aquisição por parte da Etihad Airways, avançam vários meios de comunicação social italianos. 

O acordo entre as duas companhias aéreas, segundo o "La Repubblica", poderá incluir uma reestruturação da dívida da Alitalia, a aposta em novas infra-estruturas, como a ligação do aeroporto de Fiumicino, em Roma, ao comboio de alta velocidade, e o aumento dos voos intercontinentais. 

Este negócios tem sido contestado pelos sindicatos e pela Lufthansa. Do lado dos sindicatos, receia-se um processo de reestruturação que poderá afectar até 3.100 funcionários da companhia italiano, apesar de o ministro dos Transportes, Maurizio Lupi, já ter descartado essa possibilidade.

Do lado da Lufthansa, a companhia alemã pediu há dois meses, em Fevereiro, a intervenção da União Europeia para bloquear a operação, com o argumento de que a Alitalia foi ajudada pelo Estado italiano. A Comissão Europeia informou, na altura, que não tem competência para intervir no negócio porque a Etihad Airways tem sede num país não comunitário.

Nos últimos cinco anos, a Alitalia acumulou prejuízos superiores a 1,1 mil milhões de euros.

A Etihad Airways tem adquirido participações em várias companhias aéreas como a Air Berlin, Air Seychelles, Era Lingus, Virgin Australia, Air Serbia e Jet Airways India.