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Estado adia para janeiro pagamento da última tranche à TAP em prestações acessórias
A realização da prestação acessória de capital no valoor de 343 milhões de euros, no âmbito do plano de restruturação, estava inicialmente prevista para dezembro de 2024.
O pagamento da última tranche do apoio estatal à TAP, no âmbito do plano de reestrutução, foi adiado para janeiro de 2025. A decisão foi aprovada a 18 de dezembro pelo Governo e agora comunicada pela TAP.
A realização da prestação acessória de capital de 343 milhões de euros estava inicialmente prevista para dezembro de 2024. Os motivos do adiamento não são explicados no documento.
No final de outubro, a companhia área tinha informado que o modelo de pagamento da última tranche do 'bolo' de 3,2 mil milhões de euros iria ser ser alterado, por decisão do Estado, sendo realizado em prestações acessórias.
O Estado determinou ainda redução do capital social da TAP, de 980 milhões de euros para 313,6 milhões de euros, para permitir que a transportadora avance com uma emissão de obrigações, segundo o comunicado emitido à data.
"Para os devidos e legais efeitos, a Transportes Aéreos Portugueses, S.A. ("TAP") vem comunicar ao mercado e ao público em geral que, com o intuito de viabilizar o acesso aos mercados de capitais pela TAP e para esta poder proceder a uma emissão de obrigações ainda durante o exercício de 2024", explicou a empresa. E acrescentou que seria aprovada uma redução do capital social, através da diminuição do valor nominal das ações dos atuais 5 euros por título para 1,6 euros.
O plano de reestruturação da TAP, aprovado em 2021 no seguimento da crise gerada pela Covid-19, terá que ficar concluído até ao próximo ano. Este passo implicou a injeção de apoios de 3,2 mil milhões de euros, cuja última tranche de 343 milhões estava inicialmente previsto ser paga até 20 de dezembro.
Do que é público, a saída de centenas de trabalhadores, cortes salariais - entretanto já repostos - , redução de 18 "slots" (faixas horárias para aterrar e descolar) e a limitação da frota a 99 aviões foram algumas das exigências de Bruxelas já cumpridas. Por cumprir está ainda a venda da Cateringpor.