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Antonoaldo Neves: "TAP deixou de ser um problema para o Estado"

O presidente executivo da TAP explica ao El Pais o que tem sido feito na transportadora que se prepara para em março abrir a ponte aérea entre Lisboa e Madrid.

EPA
Negócios 16 de Fevereiro de 2020 às 11:56
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Antonoaldo Neves, presidente executivo da TAP, em entrevista ao El Pais, garante que a "TAP deixou de ser um problema para o Estado" português, garantindo que "as relações com o Governo são boas e cumprimos o plano estratégico [realçou o aumento da força laboral em 10%, 600 hospedeiras e 300 pilotos], nomeadamente superámos a contratação de trabalhadores". E acrescenta para justificar a sua afirmação: "a TAP já não contribui para o défice público, pelo contrário, paga impostos, financia-se sem a garantia do Estado e traz milhões de turistas"

Durante a gestão do acionista privado, continua o responsável, comprou 30 aviões e abriu 11 rotas num único exercício. "Tudo leva o seu tempo de maturação. "Os novos aviões têm de ser testados e os velhos não se devolvem gratuitamente, custam em média 5 milhões"

Realçando que antes nada tinha feito e que a empresa estava numa situação particularmente difícil em termos financeiros, Antonoaldo Neves não esconde que a sua missão "é preparar a companhia para ter acesso a todas as fontes de capital", inclusive a dispersão em bolsa que, diz, não é necessariamente o destino final. Mas "é importante que esteja preparada [para a bolsa], até porque é a única grande companhia aérea europeia que não está cotada, mas é uma decisão de cabe aos acionistas".

O El Pais escreve mesmo que a TAP superará os 150 milhões de euros de prejuízo em 2019. Até setembro desse ano os prejuízos cifraram-se em 111 milhões de euros. 

Antonoaldo Neves dá esta entrevista ao El Pais no momento em que a TAP se prepara para lançar a ponte aérea entre Lisboa e Madrid. A partir de 29 de março, haverá oito ligações diárias. Mas a intenção é reforçar a aposta para Espanha, com um aumento de voos de
 40%. Aumentarão as ligações de Lisboa a Barcelona (6), Bilbao (3), Alicante (2), Valência (3), Málaga (3) e Sevilha (4). Vai ser ainda aberta a ligação a Santiago de Compostela (2), mantendo-se  a Grande Canária e Tenerife. Mas o voo Barcelona-Poto vai terminar, enquanto a ligação desde o Porto até Madrid aumentam para seis voos diários, acrescenta o jornal espanhol. 

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