A Vodafone confirma que manteve reuniões informais com a empresa Liberty Global, uma empresa norte-americana que opera no sector das telecomunicações e da televisão, segundo escreve o Financial Times (FT). Esta confirmação surge depois de alguma especulação sobre a questão, depois do líder da Liberty Global, John Malone, ter apontado recentemente que algumas sinergias na Europa poderiam levar a fusões.

O objectivo destes encontros, de acordo com a publicação britânica, prende-se com a troca de alguns negócios entre as duas companhias na Europa. Ainda assim, uma fusão entre as duas empresas não estará em cima da mesa.

A Liberty Global, que detém a marca Virgin Media, tem operação em vários países europeus como o Reino Unido, Alemanha, Holanda, Suíça entre outros, segundo as informações disponíveis no seu site. Contudo, a empresa não tem presença na Península Ibérica.

Segundo o jornal britânico, a Vodafone já revelou esta sexta-feira, 5 de Junho, que "não está em discussões com a Liberty Global a respeito de uma combinação das duas empresas". Em vez disso, foram "discussões numa fase inicial com a Liberty Global em relação a uma possível troca de activos seleccionados entre as duas empresas", de acordo com o FT. Não há garantias, no entanto, que algum negócio se concretize.

Já o jornal de The Guardian avança que a Vodafone tem 446 milhões de clientes no segmento móvel no mundo e já opera nas redes de linhas fixas e operadores de cabo em alguns países, nomeadamente, Espanha e Alemanha.

Os analistas consultados por esta publicação defendem que a acontecer uma troca de activos, esta vai ser feita país a país. Se o negócio se concretizar, no Reino Unido a Vodafone poderá juntar-se à Virgin Media (detida pela Liberty Global), o que os analistas consideram que poderá representar um problema para a Sky.

As acções da Vodafone descem 1,79% para os 243,65 pences.