Notícia
Queda das acções da Nos penaliza contas da Sonaecom
A Sonaecom teve prejuízos de 12,4 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que compara com os 20,7 milhões de euros registado no primeiro trimestre de 2015. Os resultados financeiros justificaram a deterioração.
As acções da Nos perderam terreno desde o final de Março do ano passado até à mesma altura deste ano. Foi esta evolução que justificou os prejuízos do primeiro trimestre da Sonaecom, que tem uma participação na operadora.
A rubrica de resultados financeiros da sociedade do grupo Sonae ficou num valor negativo de 15,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2016, influenciada "negativamente pelo ajustamento ao justo valor da participação directa na Nos, que tem por base o preço de mercado e que resultou num valor negativo de 15,3 milhões de euros".
Nos primeiros três meses de 2016, este ajustamento tinha sido positivo em 16,6 milhões de euros, tendo puxado pelos lucros então registados. Até Março de 2015, a Sonaecom – liderada por Ângelo Paupério (na foto) – tinha registado lucros de 20,7 milhões de euros. Agora, com o impacto da avaliação do valor de mercado da participação na Nos, a empresa passou para terreno negativo, com um prejuízo de 12,7 milhões de euros. A Sonaecom tem uma participação na ZOPT que detém 50,01% da Nos.
Neste momento, além da posição na área de telecomunicações (que não gere directamente), a Sonaecom tem relevância no sector das tecnológicas, onde está presente através da WeDo, por exemplo, detendo ainda o capital do jornal Público. A área de tecnológicas sustenta grande parte das receitas.
O volume de negócios da Sonaecom foi de 29,8 milhões de euros no trimestre (menos 6,8% do que em igual período do ano passado), em que 26,6 milhões foram na área tecnológica. Os custos operacionais caíram 2,1% para 30,6 milhões no primeiro trimestre.
Assim, o EBITDA do portefólio da Sonaecom (resultados antes dos impactos com juros, impostos, depreciações e amortizações) cedeu de 1,1 para 400 mil euros de prejuízos.
Escolhida pelos accionistas Da administração, além de Paupério (que é também Co-CEO da Sonae, dona do Continente), fazem parte Cláudia Azevedo (líder da Sonae Capital) e Lobo Xavier.