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Angola quer ser uma potência regional no sector das telecomunicações

Angola tem como meta o lançamento de um satélite de comunicações em 2017 e pretende afirmar-se como potência africana no sector das tecnologias de informação, disse esta noite, em Lisboa, o secretário de Estado das Telecomunicações angolano.

Reuters
05 de Dezembro de 2013 às 01:20
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"A visão assumida pelo executivo angolano almeja para Angola a co-liderança em África no domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação no final da presente década. Este é um desafio bastante elevado", declarou Aristides Safeca, perante empresários e operadores do sector, referindo-se ao satélite Angostat, que Angola prevê lançar no primeiro trimestre de 2017.

 

Num jantar-debate promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, Aristides Safeca afirmou que o objectivo de Angola só será possível se existir uma forte cooperação entre os diversos atores do mercado: o sector público e o privado; o investimento nacional e o estrangeiro, considerando como necessárias a parceria empresarial no domínio da internacionalização e a diversificação da oferta de serviços no mercado. "Com estes aspectos, Angola terá os requisitos para se tornar numa potência regional e o alcançar deste objectivo passa pela co-liderança em África", disse o governante angolano.

 

Para o secretário de Estado das Telecomunicações de Angola, as comunicações desempenham um potencial especial e a "co-liderança" no domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação só será alcançada se existir um forte investimento do Estado angolano no capital humano e na "infra-estrutura de suporte". "É aqui que se encontra uma forte oportunidade para a construção de parcerias institucionais e empresariais entre Portugal e Angola", referiu Safeca .

 

O secretário de Estado angolano destacou ainda a "capacidade local" para implementação, manutenção e operação de milhares de quilómetros de fibra óptica metropolitana e da rede nacional de transmissão e na importância da criação de competências no domínio de quadros especializados nos vários domínios das Tecnologias de Comunicação e Informação, sobretudo a nível de instituições de formação superior, pública e privada.

 

De acordo com Aristides Safeca, a internacionalização de negócios de Angola, tanto ao nível da SADC (Southern African Development Community), como dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), é fundamental "como ponto de partida para uma abrangência mais global".

 

Durante o encontro, Safeca falou ainda do papel que tem sido desempenhada por uma empresa que foi criada pelos principais operadores angolanos - Angolacables -, que, segundo disse, permitiu mobilizar recursos que se "consubstanciam" na ligação por fibra óptica entre Angola e o Brasil.

 

O governante angolano falou ainda aos empresários e operadores portugueses presentes no encontro sobre o "programa espacial" angolano que visa melhorar a oferta de conteúdos em todo o território do país, "mesmo nas zonas mais recônditas", para além de criar sinergias de pesquisa e desenvolvimento industrial em diversos sectores da economia.

 

"Em 2010, o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, exarou o decreto que aprovou o Livro Branco das Tecnologias de Informação e Comunicação. Este documento foi elaborado na sequência de uma ampla consulta pública. Hoje é o principal instrumento de condução estratégica do sector das comunicações em Angola", explicou Safeca.

 

"Para além de conhecerem a legislação de Angola é importante conhecerem este instrumento estratégico se for pretensão investir naquele país. Aqui estão as principais linhas de força que o executivo angolano procura e convida o empresariado nacional e estrangeiro a investir a contribuir no crescimento da nossa economia", concluiu o membro do governo de Angola.

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