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Ex-chefe de segurança denuncia falhas graves no Twitter

Em documentos enviados às autoridades dos EUA, o antigo chefe de segurança da plataforma revela várias falhas, incluindo de privacidade. Por exemplo, quando uma conta é apagada pelo utilizador, nem sempre os seus dados não são eliminados.

Reuters
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É mais um caso de um "whistleblower" numa das grandes plataformas tecnológicas a nível mundial. Desta vez as acusações vêm do antigo chefe de segurança do Twitter, Peiter Zatko, mais conhecido como "Mudge", que revelou, entre vários problemas de segurança e privacidade, que a rede social não tem forma de saber o número de "bots" existentes.

Zatko, que ocupou o cargo durante dois anos, diz mesmo que o interesse dos executivos da empresa em calcular o número de contas falsas é inexistente.

A queixa, a que a CNN e o Washington Post tiveram acesso, foi enviada ao Congresso e às agências federais no mês passado. Os documentos consultados por estes dois meios de comunicação norte-americanos demonstram que os trabalhadores da empresa têm um acesso excessivo aos dados centrais da plataforma, sem qualquer supervisão, e que os responsáveis de cargos mais elevados têm tentado esconder do público as vulnerabilidades da aplicação.

Entre as acusações está o facto de o Twitter não apagar completamente os dados dos utilizadores quando uma conta é eliminada. Nalguns casos, isso acontece porque a plataforma acaba por desconhecer o paradeiro destes dados específicos.

O número de "bots", ou contas falsas no Twitter, foi uma das questões levantadas por Elon Musk nas negociações de compra da plataforma, acabando mesmo por ser a razão pela qual o CEO da Tesla não avançou com a compra, por 44 mil milhões de dólares e está agora em tribunal.
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