A moda dos relógios inteligentes terá sido passageira? Pela primeira vez, as vendas de relógios inteligentes recuaram. No segundo trimestre do ano foram vendidas 3,5 milhões de unidades destes dispositivos em todo o mundo, segundo os dados da IDC. O que representa uma queda de 32% face ao mesmo período do ano passado.

A IDC, consultora especialista no sector tecnológico, acredita que os consumidores não perderam o interesse por estes dispositivos, estando só à espera do lançamento de novos modelos. Aliás, a consultora aponta a quebra do ciclo de inovação como justificação para a queda das vendas dos relógios inteligentes, liderada pela Apple.

"Os consumidores têm retraído as compras de "smartwatches desde o início de 2016, em antecipação a uma actualização do hardware, e as melhorias não são esperadas até o final deste ano, parando, efectivamente, as vendas da Apple", segundo Jitesh Ubrani , analista da IDC.

"A Apple ainda mantém uma vantagem significativa no mercado e, infelizmente, um declínio para a Apple leva a um declínio em todo o mercado. Cada fornecedor enfrenta desafios semelhantes relacionados com design e funcionalidade dos dispositivos, e embora nós esperemos melhorias no próximo ano , o crescimento para o resto do provavelmente será residual", explica.

A gigante da maçã lidera a venda de "smartwatches" com um total de 1,6 milhões de unidades vendidas. Porém, também ocupa o pódio da marca com a maior queda de vendas: menos 55% face ao segundo trimestre de 2015.

Segue-se a Samsung com 600 mil relógios, um número que duplicou face ao ano anterior.

A Lenovo e a LG ocupam o terceiro e quarto lugar, ambas com cerca de 300 mil unidades vendidas. Um aumento de 75% para a Lenovo e de 26% para a LG.

A Garmin fecha o Top5 com 100 mil "smartwatches" vendidos entre Abril e Junho deste ano, mais 25% face ao período homólogo de 2015.