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Resultados da SAP pressionados pela apreciação do euro no quarto trimestre
A fabricante alemã de programas de informáticos de gestão reportou um declínio das receitas de licenciamento e vendas de um dos principais programas de análise de dados, devido à apreciação do euro.
As vendas de licenças informáticas recuaram 2% para 1,90 mil milhões de euros no último trimestre de 2013, segundo os resultados citados pela Bloomberg. O programa de processamento de dados, Hana, que é o produto de maior crescimento da marca, ficou aquém da meta de vendas, diz a empresa, devido ao comportamento da divisa europeia.
O total de vendas do Hana, no trimestre, foi de 296 milhões de euros. O efeito cambial teve um impacto negativo de 31 milhões de euros, refere a empresa em comunicado. O resultado operacional da SAP recuou 6% para 2,09 mil milhões de euros. As estimativas dos analistas apontavam para um lucro operacional de 2,1 mil milhões.
A SAP é a maior empresa do sector de fabrico de software para empresas e a Oracle é a sua maior concorrente. Mais de metade das suas vendas provêem da América do Norte e Ásia. A subida do euro, que foi a divisa com desempeno mais positivo entre as das maiores economias do mundo, torna as suas vendas relativamente mais dispendiosas para os clientes do exterior da Zona Euro.
Muitos dos clientes empresariais estão a deslocar o seu esforço de investimento em informática de gestão para a rede, adquirindo serviços fornecidos através do armazenamento de dados em servidores (“cloud computing”). Em consequência, os responsáveis da SAP estão a criar produtos e a fazer aquisições para responder à procura e à concorrência nessa área de negócio.
“Somos uma das poucas empresas tecnológicas globais que conseguiu transitar, com sucesso, para a ‘cloud’ ao mesmo tempo que impulsionámos o negócio mais importante e melhorámos a rendibilidade”, refere o comunicado dos dois presidentes executivos da empresa, Bill McDermott e Jim Hagemann, citado pela agência noticiosa.
O euro registou uma apreciação de 7,9% contra o cabaz das principais moedas no último ano e foi a divisa com o comportamento mais positivo entre as dos países desenvolvidos, refere a Bloomberg.