Notícia
Português de 21 anos preso por suspeita de fundar e liderar mercado de cibercrime
Diogo Santos Coelho, de 21 anos, foi preso no Reino Unido por suspeita de liderar a página RaidForums, apreendida pelas autoridades americanas.
12 de Abril de 2022 às 18:40
Um português de 21 anos, identificado como Diogo Santos Coelho, foi detido em janeiro no Reino Unido por suspeita de liderar o mercado digital de cibercrimes RaidForums, revelou hoje o FBI.
Foram detidas duas outras pessoas suspeitas de serem cúmplices do português, que será objeto de um pedido de extradição para os EUA, incluindo outro jovem de 21 anos não identificado, em Croyden, no sul de Londres.
As detenções são o resultado do esforço conjunto das autoridades americanas - além do FBI, o Departamento de Justiça e os Serviços Secretos - e de diversas forças policiais europeias, incluindo a Task Force de Cibercrime da Europol, a Agência Nacional de Crime do Reino Unido, as polícias nacionais da Roménia e da Suécia e a Polícia Judiciária Portuguesa, numa investigação sob o nome de código Operação "Tourniquet".
As autoridades americanas apreenderam três domínios do RaidForums, que operava na rede aberta de internet em vez da darkweb, e servia como plataforma de compra e venda de bases de dados hackeadas. A operação foi descrito pelo FBI como "contendo mais de 10 mil milhões de registos únicos".
O Departamento de Justiça norte-americano acrescenta que, aquando da sua fundação, o RaidForums era utilizado como plataforma de organização de uma forma de assédio online conhecida como "raiding", descrito pelo FBI como "o envio de um volume assoberbante de contactos aos meios de comunicação digitais da vítima".
Além do "raiding", os participantes do fórum organizavam ainda ações de "swatting", nas quais eram enviados às autoridades falsos registos de ocorrência que requeririam a mobilização imediata de armas - prática que já levou a mortes.
Na acusação formal hoje divulgada, as autoridades americanas acusam o português, que atuava sob pseudónimos como "Omnipotent", "Downloading", "Shiza" e "Kevin Maradona", de fundar e liderar o RaidForums desde, pelo menos, Janeiro de 2015, através do qual terá praticado uma série de cibercrimes.
Entre eles, está o estabelecimento de um mercado digital para compra e venda de informações como nomes, endereços, números de segurança social, endereços de email, nomes de usuário e palavras-passe, contas bancárias e números e códigos de verificação de cartões bancários.
Além de administrar a plataforma através da qual estas informações eram transacionadas por intermédio de subscrições, Diogo Santos Coelho é acusado de oferecer um serviço de mediação entre o comprador e o vendedor destas informações através de criptomoedas, bem como de solicitar outras pessoas para a prática de serviços do género.
Por estas e outras práticas, o português será indiciado por seis acusações relacionadas ao roubo de informação bancária: "conspiração para cometer fraude de dispositivos de acesso", "usar ou traficar dispositivos de acesso não-autorizado", "posse de quinze ou mais dispositivos de acesso não-autorizado", duas acusações de "solicitação não-autorizada" e "roubo de identidade agravado".
Caso seja considerado culpado em alguma destas acusações, Diogo Santos Coelho verá ainda apreendidos vários itens físicos e digitais pelas autoridades americanas, incluindo os domínios de acesso ao RaidForums, um telemóvel, um tablet, um computador, uma máquina fotográfica e cerca de 200 mil euros em dinheiro.
Foram detidas duas outras pessoas suspeitas de serem cúmplices do português, que será objeto de um pedido de extradição para os EUA, incluindo outro jovem de 21 anos não identificado, em Croyden, no sul de Londres.
As autoridades americanas apreenderam três domínios do RaidForums, que operava na rede aberta de internet em vez da darkweb, e servia como plataforma de compra e venda de bases de dados hackeadas. A operação foi descrito pelo FBI como "contendo mais de 10 mil milhões de registos únicos".
O Departamento de Justiça norte-americano acrescenta que, aquando da sua fundação, o RaidForums era utilizado como plataforma de organização de uma forma de assédio online conhecida como "raiding", descrito pelo FBI como "o envio de um volume assoberbante de contactos aos meios de comunicação digitais da vítima".
Além do "raiding", os participantes do fórum organizavam ainda ações de "swatting", nas quais eram enviados às autoridades falsos registos de ocorrência que requeririam a mobilização imediata de armas - prática que já levou a mortes.
Na acusação formal hoje divulgada, as autoridades americanas acusam o português, que atuava sob pseudónimos como "Omnipotent", "Downloading", "Shiza" e "Kevin Maradona", de fundar e liderar o RaidForums desde, pelo menos, Janeiro de 2015, através do qual terá praticado uma série de cibercrimes.
Entre eles, está o estabelecimento de um mercado digital para compra e venda de informações como nomes, endereços, números de segurança social, endereços de email, nomes de usuário e palavras-passe, contas bancárias e números e códigos de verificação de cartões bancários.
Além de administrar a plataforma através da qual estas informações eram transacionadas por intermédio de subscrições, Diogo Santos Coelho é acusado de oferecer um serviço de mediação entre o comprador e o vendedor destas informações através de criptomoedas, bem como de solicitar outras pessoas para a prática de serviços do género.
Por estas e outras práticas, o português será indiciado por seis acusações relacionadas ao roubo de informação bancária: "conspiração para cometer fraude de dispositivos de acesso", "usar ou traficar dispositivos de acesso não-autorizado", "posse de quinze ou mais dispositivos de acesso não-autorizado", duas acusações de "solicitação não-autorizada" e "roubo de identidade agravado".
Caso seja considerado culpado em alguma destas acusações, Diogo Santos Coelho verá ainda apreendidos vários itens físicos e digitais pelas autoridades americanas, incluindo os domínios de acesso ao RaidForums, um telemóvel, um tablet, um computador, uma máquina fotográfica e cerca de 200 mil euros em dinheiro.