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Microsoft supera projeções de lucros e receitas mas receios em torno da Azure pressionam
A tecnológica liderada por Satya Nadella reportou esta noite os resultados do seu segundo trimestre fiscal. As receitas e os lucros superaram as projeções, mas as ações seguem a recuar devido ao receio dos investidores de que a faturação na nuvem esteja a desacelerar.
No seu segundo trimestre fiscal, terminado a 31 de dezembro, a Microsoft registou um resultado líquido de 18,76 mil milhões de dólares (2,48 dólares de lucro por ação), um aumento de 21% face ao período homólogo do ano precedente.
Os analistas apontavam para um resultado líquido de 17,5 mil milhões, segundo a FactSet. Já o lucro por ação estava previsto ser de 2,32 dólares, aponta a Bloomberg.
Isto com a aplicação das normas contabilísticas – a chamada GAAP.
As receitas, por seu turno, aumentaram 20% para 51,72 milhões de dólares, quando a projeção média do consenso de mercado era de 50,9 mil milhões.
A tecnológica norte-americana, liderada por Satya Nadella desde 2014, tem procurado manter um fluxo constante de negócios na "cloud", tentando centrar a estratégia da empresa nos serviços web e estreitar o fosso em relação à líder de mercado, a Amazon.
O crescimento da Microsoft continuou a ser impulsionado sobretudo pelo aumento da procura e pelo desempenho do seu segmento da "cloud" (armazenamento de dados na nuvem, através da Azure). No entanto, o crescimento da faturação da Azure ficou aquém do esperado: aumentou 46%, quando os analistas estimavam 50%).
Os investidores receiam que o ritmo de crescimento da Azure tenha já atingido um pico, pelo que as ações da Microsoft estão a perder terreno.
Na negociação fora de horas da bolsa nova-iorquina, a Microsoft segue a recuar 5,04% para 273,95 dólares. No fecho regular da sessão desta terça-feira, as ações encerraram a ceder 2,66% para 288,49 dólares.