A Google poderá começar a cobrar por serviços "premium" com recurso a inteligência artificial generativa, passando assim, pela primeira vez, a colocar os recursos do seu motor de busca dependentes de pagamentos pelos utilizadores.

Os planos são dados a conhecer nesta quinta-feira pelo Financial Times, que cita fontes com conhecimento das propostas. Segundo o jornal, a tecnologia já está a ser desenvolvida pelos engenheiros da tecnológica, embora não tenha ainda sido tomada uma decisão final sobre o lançamento dos novos serviços.

Nestes planos, os serviços tradicionais do motor de busca continuariam a ser gratuitos, sendo que tanto nestes quanto nos novos serviços assistidos por inteligência artificial os resultados das pesquisas continuariam a exibir publicidade. 

Mas, pela primeira vez, a Google passaria a cobrar pelo seu principal produto, o motor de busca, cujo financiamento esteve até aqui apenas dependente das receitas dos anúncios que são exibidos aos utilizadores, numa forte transformação do seu modelo de negócio, destaca o Financial Times. 

Mais de metade da faturação da tecnológica - 175 mil milhões de dólares no ano passado - resulta de receitas obtidas com os serviços do motor de busca e publicidade associada.

Os atuais serviços por subscrição da Google já permitem recorrer à ferramenta de inteligência artificial Gemini, disponível nos serviços de e-mail e de alojamento de documentos.