Entre 27 de Fevereiro e 2 de Março, Barcelona vai ser novamente o palco da maior feita de tecnologias móveis do mundo: o Mobile World Congress (MWC). A poucas horas de abrir portas aos mais de 101 mil visitantes esperados na 12ª edição, os rumores das novidades das gigantes tecnológicas aumentam.

Todas as empresas preferem guardar a sete chaves as novidades que vão apresentar. Mas, aos poucos, vão levantando o véu. E, a avaliar pelos temas das conferências e pelas informações que as tecnológicas vão revelando, o 5G e a internet das coisas (IoT na siga em inglês) vão dominar o evento.

Enquanto nas primeiras edições do MWC a apresentação de novos modelos de telemóveis eram as estrelas, nos últimos anos os mais de 2 mil expositores que marcam presença no evento passaram a alargar o leque de apresentações e a associar o desenvolvimento de várias tecnologias aos dispositivos.

A nova geração de rede móvel, o 5G, tem estado no topo da agenda das empresas, até porque o "deadline" imposto por Bruxelas para o arranque da nova rede está quase aí à porta.  As empresas têm acelerado os testes piloto do 5G para em 2020 poderem cumprir o prazo e, não ficarem para trás neste campo.

Devido à menor latência (tempo de resposta), a tecnologia 5G está a ser desenvolvida a pensar não só nas comunicações normais dos consumidores, mas também na comunicação entre máquinas. O que irá beneficiar a internet das coisas, que consiste na ligação de vários objectos do quotidiano.

Neste campo, da associação do 5G à IoT, são esperadas novidades por parte da Nokia, Huawei, Ericsson, SAP ou IBM. Os pormenores ainda não são conhecidos mas vão incidir em áreas como automóvel e até medicina prometendo revolucionar o dia-a-dia dos consumidores. No caso da Huawei, há rumores da ligação desta tecnologia a drones.

Realidade virtual e o regresso da Nokia e da BlackBerry

A realidade virtual e aumentada também vão estar presentes no MWC e as novidades deverão ir muito mais longe do lançamento de jogos e óculos com estas tecnologias. São esperadas apresentações por parte de operadora de telecomunicações, por exemplo, de soluções com esta tecnologia para melhorar a experiência de ver televisão.

De ano para ano a inteligência artificial ganha cada vez mais destaque na feira. Enquanto até há pouco tempo eram apresentados testes piloto de soluções com esta tecnologia, agora já é uma realidade e as empresas continuam a investir fortemente nesta tecnologia.  O Facebook é um dos exemplos, tendo já desenvolvido assistentes virtuais. As empresas têm prometido novidades nesta área, também associada a robots,  e devem aproveitar o palco do MWC para desvendar algumas das soluções.

Apesar de toda a tecnologia envolta aos dispositivos que as empresas estão a apostas, a apresentação de smartphones e tablets continua a despertar bastante interesse por parte dos consumidores. E o MWC é a rampa de lançamento escolhida pelas gigantes tecnológicas.

Este ano é esperado que a LG apresente o novo G6 que segundo os sites de tecnologia será à prova de água e terá uma câmara com lente dupla, que a Lenovo (que comprou a Motorola) apresente o novo smartphone da linha Moto G, a Huawei o P10 e, por exemplo, que a Sony lance dois novos modelos Xperia.

Já a Samsung, que no ano passado esteve envolvida na polémica das baterias dos Galaxy S7, este ano não deverá aproveitar o MWC para lançar o substituto. É esperado que apresente o novo tablet Galaxy Tab S3.

Dois dos regressos mais esperados neste campo são o da Nokia e o da Blackberry. A marca finlandesa, agora detida pela HMD Global, já confirmou que vai apresentar dois novos smartphones Nokia. Já as notícias do relançamento do icónico Nokia 3310 não foram confirmadas pela empresa, mas são vários os rumores que apontam para esta novidade.

A Blackberry também vai aproveitar o MWC para apresentar o novo smartphone Mercury, que deverá manter a imagem de marca da empresa: o teclado.