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EUA querem analisar negócio cloud da Alibaba e avaliar risco para segurança nacional

A administração norte-americana estará interessada em analisar o negócio de cloud da gigante chinesa Alibaba, com o objetivo de avaliar se poderá representar um risco para a segurança nacional dos EUA.

18 de Janeiro de 2022 às 12:52
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O governo dos Estados Unidos estará interessado em analisar o negócio da unidade de cloud da gigante chinesa Alibaba. De acordo com a agência Reuters, que avança o tema citando três fontes com conhecimento dos planos, o objetivo da administração Biden passará por perceber se este negócio poderá representar um risco para a segurança nacional do país.

Segundo explica a agência, a investigação pretende perceber como é que são armazenados os dados dos clientes nos Estados Unidos, nomeadamente dados pessoais e propriedade intelectual. Em última instância, a ideia passa por avaliar se o governo de Pequim consegue ou não ter acesso aos dados, indica a Reuters.

Na lista de receios estará ainda outra questão: se, no caso de conseguir aceder aos dados, Pequim poderá introduzir mudanças ao acesso dos utilizadores norte-americanos à informação.

A administração Biden estará a dar assim, em parte, continuidade a algumas das preocupações de segurança que marcaram o mandato de Donald Trump. Em agosto de 2020, poucos meses antes das eleições, a anterior administração emitiu um aviso sobre os fornecedores de serviços cloud chineses, incluindo a Alibaba.

O negócio de cloud da Alibaba nos Estados Unidos é visto como de pequenas dimensões, tendo em conta o tamanho do mercado norte-americano. A consultora Gartner estima que esta operação gere receitas anuais de menos de 50 milhões de dólares (43,9 milhões de euros, à atual conversão).

À Reuters, o Departamento de Comércio dos EUA indicou que não comenta a "existência ou não de análises de transações".

Em tempos, o mercado dos Estados Unidos era um objetivo de expansão do negócio cloud da Alibaba. A escalada de tensão entre Washington e Pequim alterou os planos da tecnológica, que em 2015 instalou em Silicon Valley um hub de computação cloud, o primeiro fora da China.

A unidade cloud da Alibaba tem cerca de quatro milhões de clientes e é descrita pela empresa como "o segundo pilar de crescimento". No terceiro trimestre de 2021, a unidade de cloud viu as receitas crescer 33% em termos homólogos, para 3,1 mil milhões de dólares (2,72 mil milhões de euros).
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