Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Comércio eletrónico continua a crescer em Portugal. 40% já compram online

A pandemia acelerou as compras online e o fenómeno continua a ser notório ao longo deste ano. Em 2021, 40,4% das pessoas fizeram encomendas online, refletindo um crescimento de 5,2 pontos percentuais face a 2020.

Mais de metade dos jovens com idades entre 18 e 24 anos, nos Estados Unidos, já utilizou soluções de compras parceladas.
IStockphoto
22 de Novembro de 2021 às 12:14
  • ...

A pandemia atraiu muitos portugueses para as compras online. E, de acordo com o inquérito à utilização de tecnologias de informação e comunicação pelas famílias, revelado pelo INE, o fenómeno mantém-se este ano. Em 2021, 40,4% dos portugueses entre os 16 e os 74 anos compraram online nos últimos três meses, o que reflete um aumento de 5,2 pontos percentuais face a 2020. 


Já olhando para os últimos 12 meses antes da entrevista, a percentagem é ainda mais expressiva, na ordem dos 51,6%. 


Ainda assim, a proporção de utilizadores do comércio eletrónico em Portugal continua a ser significativamente inferior à média da União Europeia, onde em 2020 54% da população europeia tinha feito encomendas online. 


Os dados do INE mostram que a taxa de utilização do comércio eletrónico aumento mais entre as mulheres (mais 8,8 pontos percentuais). Assim, a proporção entre os géneros divide-se entre 43,2% das mulheres e 37,4% dos homens. 


As proporções de utilizadores de internet que realizaram encomendas online são também significativamente mais elevadas no grupo etário dos 25 aos 34 anos (73,8% de utilizadores) e no caso dos utilizadores que detêm o ensino superior (67,9%) ou são estudantes (58,8%). "Considerando as classes de rendimento, é relevante a assimetria entre as taxas de penetração nos dois primeiros quintis (20,0% e 28,5%) e nos três quintis de rendimento mais elevados (de 44,4% a 59,6%)", indica o INE. 


A Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a região do país com a maior proporção de utilizadores do comércio eletrónico (46,6%). E, pela primeira vez, registaram-se percentagens de utilizadores ligeiramente superiores à média nacional no Alentejo (40,9%) e no Algarve (41,9%). A região do Centro continua, tal como em 2020, a registar uma taxa muito próxima da referência nacional, com 39,8% de utilizadores de comércio eletrónico. A Madeira é a região do país onde a proporção de pessoas que faz compras online é menos expressiva (31,2%). 


Estes dados contêm também informação sobre o acesso à internet em casa, que continua em expansão. Este ano, 87,3% dos agregados familiares em Portugal têm acesso à internet em casa, uma subida de 2,8 pontos percentuais contra os 84,5% do ano passado. "Aumenta também a proporção daqueles que acedem à internet através de banda larga, de 81,7% em 20203 para 84,1% em 2021, o que equivale a uma diferença de mais 33,8p.p. em relação a 2010."


Ainda assim, apesar destes aumentos, a taxa de penetração de banda larga nos lares em Portugal continua a ser inferior à média europeia no ano passado, situada nos 89%. 


Proporção de pessoas em teletrabalho cai para 20,1%

No que toca ao tema do teletrabalho, este inquérito feito este ano, com dados recolhidos entre 9 de junho a 3 de setembro de 2021, mostra que há menos pessoas a trabalhar a partir de casa em comparação com o ano passado. Se em 2020 havia 31,1% dos inquiridos em teletrabalho, este ano a percentagem cai para 20,1%, refletindo um recuo de 11 pontos percentuais. 


Diminuiu também a referência à pandemia covid-19 como justificação para trabalhar a partir de casa, de 29,6% em 2020 para 17,5% em 2021 (menos 12,1 p.p.), explica o INE. 


A Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a região em que a proporção de pessoas em teletrabalho é mais elevada (34,6%), apesar da diminuição de 8,6 p.p. face a 2020. Nas restantes regiões, a percentagem de pessoas em teletrabalho é mais baixa nas regiões autónomas (10,0% na Região Autónoma da Madeira e 11,9% na Região Autónoma dos Açores). Foi nas regiões Centro e do Algarve e nas regiões autónomas que mais se reduziram as proporções de pessoas em teletrabalho. 

Ver comentários
Saber mais compras online INE comércio eletrónico
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio