Notícia
Amazon e Apple suspendem rede social que está a ser usada por apoiantes de Trump
O primeiro gigante tecnológico a suspender a Parler foi a Google, que na sexta-feira retirou a aplicação da sua loja virtual.
10 de Janeiro de 2021 às 18:50
A Apple juntou-se à Google na suspensão da rede social Parler da sua loja virtual, enquanto a Amazon anunciou que irá desalojar hoje dos seus servidores a aplicação popular entre conservadores e membros da extrema-direita.
A Parler, conhecida por se recusar a regulamentar conteúdos que incitem à violência e ao ódio, converteu-se rapidamente num megafone para várias teorias da conspiração e assumiu-se como um dos principais meios para a organização dos protestos que culminaram na invasão do Capitólio, na quarta-feira, em Washington, nos Estados Unidos.
O primeiro gigante tecnológico a suspender a Parler foi a Google, que na sexta-feira retirou a aplicação da sua loja virtual.
Na noite de sábado, a Apple acabou por tomar a mesma decisão, depois de ter dado 24 horas à empresa para implementar um plano de moderação na sua plataforma.
"Sempre defendemos que haja diferentes pontos de vista representados na App Store [a loja da Apple], mas na nossa plataforma não há lugar para ameaças ou atividades ilegais. A Parler não tomou as medidas adequadas para responder à proliferação dessas ameaças à segurança das pessoas", afirmou a empresa, em comunicado.
A Apple frisou que vai manter a aplicação fora da sua loja até que a empresa resolva o problema.
Já a Amazon notificou a Parler de que a partir da noite de hoje deixará de poder usar os seus servidores, o que poderá tornar a rede social inacessível para os seus utilizadores, a menos que encontre um novo fornecedor.
A decisão da empresa liderada por Jeff Bezos, avançada pelo 'site' de notícias americano Buzzfeed, é justificada pela violação dos termos de utilização por parte da Parler, por não eliminar conteúdo violento.
O movimento de suspensão da rede social surge após a invasão protagonizada por apoiantes do Presidente americano cessante, Donald Trump.
A Parler tem crescido nos últimos meses, tendo-se convertido numa espécie de porto de abrigo para figuras da extrema-direita, cujos conteúdos não cumprem as normas contra o discurso de ódio e de incitação à violência de plataformas como o Twitter ou o Facebook.
Depois das eleições presidenciais de novembro, em que Donald Trump perdeu para o democrata Joe Biden, a Parler duplicou o seu número de utilizadores para cerca de dez milhões, segundo a empresa.
A rede social não proíbe discursos de ódio nem tem qualquer tipo de filtro contra informações falsas.
A não existência de filtro tem sido o seu grande trunfo até ao momento, mas pode condená-la agora, após pressão dos gigantes de Silicon Valley, a tornar-se marginal ou a desaparecer.
O congressista luso-americano Devin Nunes é uma das muitas vozes dentro do partido Republicano a promover a rede social Parler.
Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
Pelo menos cinco pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.
A Parler, conhecida por se recusar a regulamentar conteúdos que incitem à violência e ao ódio, converteu-se rapidamente num megafone para várias teorias da conspiração e assumiu-se como um dos principais meios para a organização dos protestos que culminaram na invasão do Capitólio, na quarta-feira, em Washington, nos Estados Unidos.
Na noite de sábado, a Apple acabou por tomar a mesma decisão, depois de ter dado 24 horas à empresa para implementar um plano de moderação na sua plataforma.
"Sempre defendemos que haja diferentes pontos de vista representados na App Store [a loja da Apple], mas na nossa plataforma não há lugar para ameaças ou atividades ilegais. A Parler não tomou as medidas adequadas para responder à proliferação dessas ameaças à segurança das pessoas", afirmou a empresa, em comunicado.
A Apple frisou que vai manter a aplicação fora da sua loja até que a empresa resolva o problema.
Já a Amazon notificou a Parler de que a partir da noite de hoje deixará de poder usar os seus servidores, o que poderá tornar a rede social inacessível para os seus utilizadores, a menos que encontre um novo fornecedor.
A decisão da empresa liderada por Jeff Bezos, avançada pelo 'site' de notícias americano Buzzfeed, é justificada pela violação dos termos de utilização por parte da Parler, por não eliminar conteúdo violento.
O movimento de suspensão da rede social surge após a invasão protagonizada por apoiantes do Presidente americano cessante, Donald Trump.
A Parler tem crescido nos últimos meses, tendo-se convertido numa espécie de porto de abrigo para figuras da extrema-direita, cujos conteúdos não cumprem as normas contra o discurso de ódio e de incitação à violência de plataformas como o Twitter ou o Facebook.
Depois das eleições presidenciais de novembro, em que Donald Trump perdeu para o democrata Joe Biden, a Parler duplicou o seu número de utilizadores para cerca de dez milhões, segundo a empresa.
A rede social não proíbe discursos de ódio nem tem qualquer tipo de filtro contra informações falsas.
A não existência de filtro tem sido o seu grande trunfo até ao momento, mas pode condená-la agora, após pressão dos gigantes de Silicon Valley, a tornar-se marginal ou a desaparecer.
O congressista luso-americano Devin Nunes é uma das muitas vozes dentro do partido Republicano a promover a rede social Parler.
Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
Pelo menos cinco pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.