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Porque é que as grandes empresas apoiam projectos inovadores?

A EDP é uma das empresas que tem uma incubadora e atribui um prémio a projectos inovadores. Mas porque é que as grandes empresas apoiam start-ups e projectos inovadores?

Bruno Simão
21 de Novembro de 2015 às 11:00
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Esta semana foi entregue o Prémio Inovação EDP. O vencedor foi o bLACK.bLOCK, um projecto de optimização de energia solar. Tentámos perceber por que uma das grandes empresas a operar em Portugal, a EDP, à semelhança do que acontece com outras no estrangeiro, apoiam projectos e start-ups inovadoras.

"Queremos ser mais competitivos, queremos ser melhores e isso implica novas ideias, novas formas de trabalhar. É impossível desenvolver isso apenas com base nas ideias e nas formas de trabalhar das pessoas da EDP. Temos de olhar para fora, temos de ver onde aparecem novas tecnologias que podem melhorar a forma como servimos os nossos clientes", conta ao Negócios, Luís Manuel, administrador da EDP Inovação. Nesse sentido, o contributo dos centros científicos, start-ups e universidades é importante. A eléctrica tem a capacidade para apoiar centros inovadores na "definição das tecnologias que são mais promissoras e ver para que áreas devem olhar". "Ou seja, mostramos-lhes os nossos problemas e elas ajudam-nos quase a resolvê-lo e mostram-nos coisas que não estávamos à espera", sustenta.


Para as empresas de maior dimensão é mais rentável apoiar empreendedores com projectos na sua área de actuação do que desenvolvê-los internamente? Luís Manuel não esconde que produzir inovação em start-ups "é mais eficiente e produz resultados mais rapidamente" do que um grande departamento de inovação. "As pessoas quando têm toda a sua motivação, quando a sua carreira profissional depende daquele produto aceleram e isso contribui positivamente".

Carla Pimenta (na foto), líder da EDP Starter, a incubadora de empresas da eléctrica, salienta que ter uma estrutura deste género na empresa não se trata de uma "responsabilidade social" mas de uma "estratégia de inovação". "Qual é a lógica de estarmos a fazer isto? É estarmos um passo à frente da nossa concorrência mundial. Termos um acesso privilegiado a tecnologia e sermos os primeiros a apresentar e a aparecer no mercado com determinada coisa. Isto é andar um passo à frente da concorrência", acrescenta.

Gonçalo Costa Martins é o líder do projecto vencedor do prémio Inovação da EDP deste ano. O bLACK.bLOCK é um método para a automatização do funcionamento de um sistema solar híbrido de desidratação e aquecimento, com aplicação agrícola e agro-industrial na secagem de plantas e armazenamento. Ao Negócios o responsável conta que os motivos que o levaram a candidatar-se ao prémio prendem-se com "ganhar mais notoriedade e, no fundo, ter um selo de qualidade, que é este concurso".

"O nosso projecto já existia. Já temos equipamentos vendidos. Foi mais numa abordagem de marketing. Por outro lado, era também muito importante para nós confrontar o nosso projecto com um concurso deste tipo e vermos até onde podia ir e o que podia valer", acrescentou.


Bruno Fonseca, líder do Stoock, um dos finalistas do prémio da eléctrica, diz ao Negócios que concorreram numa "primeira fase para desenvolver o protótipo" deste multisensor. "Depois toda a visibilidade que um prémio destes nos pode dar e o facto de rapidamente percebermos outras realidades, acesso a ‘mentoring’, coisas importantes para uma start-up como a nossa", acrescenta.

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