As máquinas registadoras mais sofisticadas, que permitem o registo das vendas de acordo com a exigência das Finanças, estão esgotadas em vários pontos do País. A notícia é avançada pela TSF, citando empresários e o sindicato dos trabalhadores dos impostos (STI).

Este é o resultado da forte procura de equipamentos de facturação, nas vésperas da entrada em vigor de um conjunto vasto de novas regras de registo e comunicação das vendas ao Fisco.

Tal como o Negócios avança hoje, a lei não obriga os comerciantes que facturam menos de 100 mil euros por ano ou emitem menos de 1.000 facturas a terem máquinas com software de gestão certificado. Teoricamente, só quem em 2012 tenha facturado entre 100 e 125 mil euros teria de mudar os seus sistemas (desse valor em diante, as trocas já foram feitas em anos precedentes).

Contudo, indirectamente, os empresários estão a ser obrigados a gastar dinheiro em novos equipamentos devido a outro conjunto de regras, que obrigam a mudar o nome dos “talões de venda” ou “venda a dinheiro” para “factura simplificada” ou “factura”. Há muitas máquinas registadoras antigas que não conseguem responder a esta mudança, tal como não permitem também a digitalização do número de contribuinte.

Esta situação está na origem da forte procura de novos equipamentos, que podem custar entre 700 e 1.500 euros.

As Finanças desvalorizam esta situação, dizendo que desde o ano passado os comerciantes já deviam ter comprado máquinas com um mínimo grau de sofisticação.