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La Seda regista prejuízos de 155 milhões até Setembro

O EBITDA do grupo petroquímico, em processo de falência, foi afectado negativamente em 28,4 milhões de euros por responsabilidades com a portuguesa Artlant, em processo especial de revitalização (PER).

Bruno Simão/Negócios
28 de Novembro de 2014 às 18:15
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O grupo petroquímico La Seda de Barcelona, cujo processo de liquidação foi aprovado pela justiça catalã em Julho passado, registou perdas consolidadas de 154,89 milhões de euros nos primeiros três trimestres do ano.

 

De acordo com o comunicado do administrador judicial da La Seda de Barcelona (LSB),divulgado esta sexta-feira, 28 de Novembro, ao mercado espanhol, o resultado líquido da LSB melhorou, ainda assim, 28,3% face a igual período do exercício de 2012. Um ano antes, as perdas consolidadas da LSB tinham sido de 215,91 milhões de euros.

 

O volume de negócios da empresa catalã – cujos dois maiores accionistas são de origem portuguesa (BA PET e Caixa Geral de Depósitos) – caiu no período em análise 13,4%, para 374 milhões de euros.

 

A área de embalagens ("packaging") – cuja venda foi anunciada, por 227,9 milhões de euros, a 5 de Novembro último à Plastipak – gerou vendas brutas de 469,89 milhões de euros até Setembro, menos 2,8% que nos três primeiros trimestres de 2013.

 

O grupo LSB, cujo universo de 12 empresas se encontra em processo de falência, registou um novo aumento do endividamento financeiro, em 4,2%, para 666,54 milhões de euros, a 30 de Setembro último. Nessa data, o activo total ascendia a 421,21 milhões de euros (menos 16,4% que em Setembro de 2013).

 

Artlant penaliza EBITDA

 

Entre Janeiro e Setembro de 2014, a LSB registou um EBITDA – resultado antes de impostos, juros, amortização e depreciação – negativo em 41,51 milhões de euros. Ainda assim, melhor do que os 49,82 milhões de euros negativos registados 12 meses antes.

 

A administração judicial da LSB adianta contudo que o EBITDA consolidado até Setembro desde ano foi penalizado principalmente por "outros gastos de exploração", que ascenderam a 38,8 milhões de euros.

 

"Dos quais", adianta no comunicado ao mercado espanhol, 28,4 milhões de euros estão relacionados "com a garantia de fornecimento que a La seda de Barcelona SA outorgou à Artlant PTA, e que está considerada com um gasto extraordinário, assim como os custos jurídicos e de consultoria relacionados com o processo" de falência da LSB.

 

A LSB já foi dona de 100% da portuguesa Artlant, dona e gestora do projecto de produção de PTA em Sines. Hoje detém 41,1%, sendo os restantes accionistas da Artlant portugueses.

 

Como promotora , gestora do arranque do projecto de Sines e cliente da matéria-prima produzida pela Artlant, a LSB manteve uma relação de fornecimento para o qual foram criadas garantias entre ambas. Com a falência da "holding" LSB e a entrada da própria Artlant em Processo Especial de Revitalização (PER) na justiça portuguesa, por acordo com o principal credor, a CGD, em Agosto último, todo o processo complicou-se.

 

A LSB é detida em 20,03%, directa e indirectamente, pela BA PET (o mesmo núcleo accionista que controla a BA Vidro, liderado por Carlos Moreira da Silva, ex-CEO da LSB) e outros 17,44% pelo grupo Caixa Geral de Depósitos.

 

 

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