Notícia
Falta de contentores aumenta custos para as exportadoras portuguesas
Os portos de Lisboa e de Setúbal são os mais afetados pela escassez de contentores disponíveis para o transporte marítimo de mercadorias, pressionados também pela diminuição das operações por via aérea.
A escassez de contentores para o transporte de mercadorias – parados nos principais portos chineses ou a viajar mais vazios para vários destinos ocidentais – está a aumentar os preços destes equipamentos para as exportadoras portuguesas.
Segundo noticia o CM esta segunda-feira, 4 de janeiro, os maiores constrangimentos acontecem nesta altura nos portos de Lisboa e de Setúbal, sobretudo nos contentores mais pequenos. A diminuição das operações no transporte aéreo tem também aumentado a pressão nestes envios por via marítima.
A indústria metalúrgica e metalomecânica tem sido uma das afetadas. O porta-voz da associação do setor (AIMMAP), Rafael Campos Pereira, exemplifica que, a partir do porto de Leixões, via Roterdão, "um contentor de 40 pés HC [um dos formatos mais utilizados] para a China custava, em novembro de 2019, 1.550 dólares, e agora custa 4.375 dólares".
Os dados mais recentes publicados pelo INE, referentes a outubro de 2020, mostraram as importações a cair cinco vezes mais do que as exportações (11,8% e 2,2%, respetivamente) em termos homólogos. As vendas ao exterior foram principalmente arrastadas pelos fornecimentos industriais, enquanto os combustíveis e lubrificantes e o material de transporte foram as principais rubricas das compras a diminuir nesse período.