Notícia
Fabrico de baterias elétricas na UE deverá crescer até 2023 e gerar um milhão de empregos
A Comissão Europeia estimou hoje que a produção de baterias elétricas na União Europeia (UE) vá crescer até 2023, gerando um milhão de postos de trabalho, indiferente ao impacto da pandemia de covid-19 na indústria automóvel.
19 de Maio de 2020 às 18:10
Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, após uma reunião da Aliança Europeia para as Baterias -- que junta o executivo comunitário, a UE e fabricantes de automóveis --, o vice-presidente da Comissão Europeia Maros Sefcovic, que detém a pasta "Relações Interinstitucionais e Prospetiva", vincou que, "apesar da pandemia, a iniciativa está no bom caminho".
Depois de ouvir 12 presidentes executivos de empresas envolvidas no projeto, o responsável destacou mesmo a "forte apetência" do setor privado para acelerar a iniciativa, estimando que sejam criados um milhão de postos de trabalho nos próximos dois anos e meio.
A Aliança Europeia para as Baterias foi criada em 2017, visando fomentar este setor na UE.
Dada a forte dependência europeia de baterias (utilizadas em veículos, em maquinaria e na indústria) produzidas em outras partes do mundo, sobretudo na China, Bruxelas pretende então que a União se torne autónoma, ao mesmo tempo que aposta na eletrificação e na economia mais 'verde'.
A iniciativa é liderada pela Suécia, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Itália e Polónia, mas também conta com países participantes como Portugal, Espanha, República Checa e Eslováquia, para projetos que vão desde a extração de lítio à reciclagem de baterias.
Segundo dados revelados na ocasião, é esperada a instalação de 10 a 20 fábricas para este setor na Europa entre 2023 e 2025, estimando-se que o mercado das baterias venha a valer 250 mil milhões de euros daqui a cinco anos.
Maros Sefcovic disse aos jornalistas estar "otimista" após a reunião hoje realizada, prevendo que, "no início do próximo outono" a Comissão Europeia organize uma reunião ministerial para dar continuidade à iniciativa.
Nessa ocasião, segundo o vice-presidente, será abordada a questão da reciclagem das pilhas, com a Comissão Europeia a defender que deve ser repensado como é que estas "podem ser desmanteladas, reutilizadas e recicladas".
"Se reciclássemos todos os [velhos] telemóveis que temos nas nossas gavetas em casa, poderíamos produzir quatro milhões de baterias para os nossos automóveis", adiantou Maros Sefcovic.
Presente na ocasião, já por videoconferência, o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento Andrew McDowell precisou que a instituição deverá alocar mil milhões de euros para a parceria este ano, o mesmo montante que foi investido em baterias ao longo da última década.
"A médio prazo, esta crise [gerada pela pandemia] pode revelar-se positiva para esta iniciativa", defendeu Andrew McDowell, numa alusão à eventual reestruturação de setores industriais europeus.
Depois de ouvir 12 presidentes executivos de empresas envolvidas no projeto, o responsável destacou mesmo a "forte apetência" do setor privado para acelerar a iniciativa, estimando que sejam criados um milhão de postos de trabalho nos próximos dois anos e meio.
Dada a forte dependência europeia de baterias (utilizadas em veículos, em maquinaria e na indústria) produzidas em outras partes do mundo, sobretudo na China, Bruxelas pretende então que a União se torne autónoma, ao mesmo tempo que aposta na eletrificação e na economia mais 'verde'.
A iniciativa é liderada pela Suécia, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Itália e Polónia, mas também conta com países participantes como Portugal, Espanha, República Checa e Eslováquia, para projetos que vão desde a extração de lítio à reciclagem de baterias.
Segundo dados revelados na ocasião, é esperada a instalação de 10 a 20 fábricas para este setor na Europa entre 2023 e 2025, estimando-se que o mercado das baterias venha a valer 250 mil milhões de euros daqui a cinco anos.
Maros Sefcovic disse aos jornalistas estar "otimista" após a reunião hoje realizada, prevendo que, "no início do próximo outono" a Comissão Europeia organize uma reunião ministerial para dar continuidade à iniciativa.
Nessa ocasião, segundo o vice-presidente, será abordada a questão da reciclagem das pilhas, com a Comissão Europeia a defender que deve ser repensado como é que estas "podem ser desmanteladas, reutilizadas e recicladas".
"Se reciclássemos todos os [velhos] telemóveis que temos nas nossas gavetas em casa, poderíamos produzir quatro milhões de baterias para os nossos automóveis", adiantou Maros Sefcovic.
Presente na ocasião, já por videoconferência, o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento Andrew McDowell precisou que a instituição deverá alocar mil milhões de euros para a parceria este ano, o mesmo montante que foi investido em baterias ao longo da última década.
"A médio prazo, esta crise [gerada pela pandemia] pode revelar-se positiva para esta iniciativa", defendeu Andrew McDowell, numa alusão à eventual reestruturação de setores industriais europeus.