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Chineses compram British Steel por 81 milhões e "salvam" milhares de empregos
A British Steel é a segunda maior produtora de aço do Reino Unido e entrou em liquidação em maio passado. Agora vai ser controlada por capital chinês.
O Jingye Group chegou a acordo para comprar a British Steel por 80 milhões de libras (81 milhões de euros). O negócio ainda não é oficial, mas está a ser avançado por vários meios de comunicação social do Reino Unido, dando conta que desta forma podem ser mantidos milhares de empregos na histórica companhia britânica.
Segundo a BBC, este negócio representa a última hipótese de salvação da British Steel, que é a segunda maior produtora de aço do Reino Unido e entrou em liquidação em maio passado. A companhia continuará a ser gerida por um gestor judicial nomeado pelo Governo britânico por mais um mês, até a transferência para a companhia chinesa ficar concluída.
O negócio garante a manutenção de 4 mil empregos da British Steel no Reino Unido, onde a companhia tem duas fábricas: em Scunthorpe e Teesside. Os mil postos de trabalho nas fábricas em França e na Holanda também ficam garantidos com este negócio.
A British Steel suporta ainda cerca de 20 mil empregos indiretos, pelo que a liquidação total da companhia ameaçava 25 mil postos de trabalho.
O Sunday Telegraph tinha avançado ontem que além dos 70 milhões de libras pelo capital, o Jingye Group compromete-se a injetar 300 milhões de libras na empresa através de empréstimos e outros apoios financeiros, que terão a garantia estatal por parte do Governo britânico.
A British Steel é a antiga unidade britânica da indiana Tata Steel, que enfrentava sérias dificuldades financeiras em 2016. A empresa acabou por ser comprada nesse mesmo ano, por uma libra pelo fundo de investimento Greybull Capital, os antigos donos da companhia aérea Monarch, que entrou em insolvência em outubro de 2017.
A Greybull Capital mudou o nome da empresa para British Steel e seguiu com as operações, mas não conseguiu reverter as dificuldades no negócio.
O possível colapso da British Steel acontece depois de a alemã Thyssenkrupp e a indiana Tata Steel terem desistido do plano de fundir os seus ativos de aço europeus para criar a segunda maior siderúrgica da UE, a seguir à ArcelorMittal.
Sobre as siderúrgicas britânicas recaem alguns dos impostos ambientais e custos de energia mais altos do mundo, assim como elevados custos com a mão-de-obra e logística, a que se somam as incertezas em torno do Brexit.