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Preços das casas sobem mais de 10%. Vendas com a primeira queda desde 2013

Os preços das casas voltaram a aumentar mais de 10% no segundo trimestre do ano, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo INE.

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20 de Setembro de 2019 às 11:03
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Os preços da habitação aumentaram 10,1%, no segundo trimestre do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). O aumento de 10,1% do índice de preços da habitação representa mais 0,9 pontos percentuais do que o verificado nos primeiros três meses do ano, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, 20 de setembro.

A contribuir para a aceleração da subida dos preços estiveram tanto as casas novas como as em segunda mão, tendo sido verificados aumentos superiores a 10% em ambos os casos.

Apesar de as subidas de preços de casas novas e existentes ser semelhante (10,3% e 10,1%, respetivamente), o grande destaque do segundo trimestre são as casas novas, cuja subida de preços é a mais pronunciada desde que a série do INE começou (2009).

Vendas caem 6,6%
O número de vendas não acompanhou a evolução dos preços, tendo-se registado uma queda das transações. "Entre abril e junho de 2019 transacionaram-se 42.590 habitações, o que representa uma redução de 6,6% por comparação com idêntico período de 2018", revela o INE.

 

Esta é, assim, a primeira queda homóloga nas vendas de casas desde o primeiro trimestre de 2013.

 

"De entre as transações realizadas, 6.107 respeitaram a habitações novas, -9,4% que no segundo trimestre de 2018. As vendas de habitações existentes continuaram a representar a maioria das transações (85,7% do total), tendo atingido 36.483 unidades, valor inferior em 6,2% face ao registo do mesmo período de 2018", explica o INE.

Esta redução nas vendas de casas provocou uma quebra no valor total de vendas. No segundo trimestre o valor de vendas totalizou 6,1 mil milhões de euros, menos 1,9% do que em igual período do ano passado.

Por regiões, a Área Metropolitana de Lisboa continua a ser onde se realizam mais transações imobiliárias, tendo sido comercializadas mais de 14,8 mil casas, o que correspondeu a um total de 2,8 mil milhões de euros. Mas, à semelhança do total do país, verificou-se menos operações e um montante total de vendas mais baixo.

 

O Algarve e o Centro contrariam esta tendência. No Algarve verificou-se um aumento de número de vendas e de valor (3,7 mil imóveis por 714,3 milhões de euros), já no Centro do país, apesar de terem sido vendidas menos casas do que no primeiro trimestre (8.050 imóveis) o montante total de vendas aumentou (756,9 milhões de euros).

(Notícia atualizada pela última vez às 11:30 com mais informação)
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