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Medidas do Banco de Portugal travam risco do mercado imobiliário
O Comité Europeu do Risco Sistémico avaliou os riscos do mercado imobiliário residencial dos países da União Europeia, Islândia e Noruega. Só há cinco países com risco elevado. Portugal consta entre os de risco médio, mas as recomendações do Banco de Portugal são consideradas suficientes “para mitigar os riscos identificados”.
Os mercados imobiliários residenciais da União Europeia, Islândia e Noruega foram avaliados pelo Comité Europeu do Risco Sistémico, que esteve a analisar os riscos e as vulnerabilidades deste sector. Entre os 30 países analisados apenas cinco têm um risco elevado: Dinamarca, Países Baixos, Luxemburgo, Noruega e Suécia.
Há 12 países em que este mercado representa um risco baixo ou reduzido e outros 13 em que o risco é médio. É neste último grupo que se insere Portugal. "Em Portugal, o risco foi avaliado como de nível médio, no entanto, a recomendação macroprudencial no âmbito de novos contratos de crédito a consumidores adotada pelo Banco de Portugal foi considerada adequada e suficiente para mitigar os riscos identificados", realça o Banco de Portugal numa nota enviada às redações. "Esta foi também a avaliação relativa a outros sete países (Áustria, Estónia, Irlanda, Malta, Eslováquia, Eslovénia e Reino Unido)", destaca a mesma fonte.
O Comité emitiu ainda alertas a cinco países: Alemanha, França, Islândia, Noruega e República Checa. E recomendações a outros seis: Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Luxemburgo, Países Baixos e Suécia.
"A combinação de medidas de política macroprudencial devem assegurar a resiliência dos credores e dos bancos contra quaisquer efeitos potenciais de aumento de preços das casas e manter os padrões de financiamento para os novos empréstimos", realça o Comité no relatório sobre o mercado nacional.