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CTT entram em "negociações exclusivas" para criar veículo de gestão imobiliária

O co-investidor - cuja identidade não é conhecida - irá colaborar com os CTT na gestão de ativos imobiliários divididos por duas carteiras com características diferentes.

Mariline Alves
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Os CTT entraram em negociações exclusivas para criar um novo veículo de gestão de ativos imobiliários. Em causa estão 410 imóveis de retalho e logística da operadora postal avaliados em cerca de 134 milhões de euros, de acordo com informações comunicadas este domingo ao mercado.

"Os CTT – Correios de Portugal informam que entraram em negociações exclusivas com uma terceira parte com vista à criação de um veículo especial para deter e gerir o portefólio de retalho e logística dos CTT, o qual será maioritariamente detido pelos CTT", refere a empresa em comunicado.

O co-investidor irá colaborar com os CTT na gestão de ativos imobiliários divididos por duas carteiras com características diferentes.

A primeira diz respeito a pontos de presença CTT, em especial as lojas próprias, as quais estão situadas normalmente no centro das localidades, em todo o território nacional, mas também armazéns e centros de logística ou distribuição que são parte da rede de logística dos CTT em Portugal.

"O portefólio de rendimento compreende cerca de 400 imóveis localizados em Portugal com um valor contabilístico líquido de 110 M€1 e uma área bruta locável (ABL) de cerca de 240 mil m2", explica a operadora postal.

"O referido portefólio de rendimento inclui ainda potenciais oportunidades de expansão, nomeadamente na rede logística, em Portugal e Espanha (oportunidades de expansão build-tosuit)", sublinha.

Por outro lado, o portefólio de desenvolvimento compreende imóveis localizados em áreas com potencial para projetos de desenvolvimento de uso misto e que podem vir a tornar-se, "num futuro próximo", não essenciais para as redes de logística dos CTT.

Este será constituído por até 10 imóveis localizados em Portugal, com um valor contabilístico líquido de 24 milhões de euros. "Cada um dos imóveis do portefólio de Desenvolvimento será considerado autonomamente, com base no calendário para vir a tornar vagos os ativos, nas potenciais oportunidades de desenvolvimento que possam existir ou surgir, e nas características específicas de cada imóvel".

Os CTT avançam que, nesta fase, pretendem constituir uma estrutura destinada a maximizar o valor do portefólio de rendimento, através da otimização da gestão corrente, melhoria da ocupação com captação de novos inquilinos, bem como procura oportunidades de micro-desenvolvimento nos casos em que se possa considerar que existam.

Para criar esta nova estrutura, o portefólio de ativos dos CTT vai ser incorporado na nova entidade. Vai ainda nomear um gestor de ativos externo para gerir o veículo e procurar novos investidores (institucionais e family offices) para tomarem uma posição minoritária no Veículo.
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