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Capital para investimentos imobiliários desce pela primeira vez desde 2011
Um relatório da Cushman & Wakefield mostra que o nervosismo em torno do mercado imobiliário pode estar de regresso, sobretudo à Europa.
O nervosismo em torno do mercado imobiliário está de regresso aos bancos europeus, adianta a Bloomberg, citando um relatório da Cushman & Wakefield, que mostra que o capital disponível para investimentos imobiliários a nível global desceu pela primeira vez desde 2011, sobretudo na Europa.
O relatório divulgado esta terça-feira, 14 de Março, revela que os bancos estão a preparar-se para oferecer menos crédito, particularmente para propriedades mais arriscadas.
Nesta altura, estão disponíveis 435 mil milhões de dólares para investir em imóveis comerciais, 2% menos do que há um ano. Pela primeira vez, o capital destinado ao investimento imobiliário na América ultrapassa a Europa, Médio Oriente e África, como resultado do fortalecimento do dólar.
Desde a crise financeira, os investidores aumentaram consistentemente o dinheiro alocado ao sector imobiliário, na medida em que as baixas taxas de juro diminuíram os retornos dos investimentos em dívida do governo e das empresas. Contudo, a subida dos juros e a incerteza política ameaçam reverter essa tendência.
"À medida que o ciclo imobiliário entra num estágio de maturidade em muitos mercados-chave, o foco do investidor mudou da angariação de mais fundos para a identificação e redistribuição do capital já alocado ao sector", referem os investigadores da Cushman & Wakefield.
"Os bancos e os credores alternativos assistiram a um grande aumento da nova dívida de 2014 a 2016, mas esta tendência parece ter moderado em 2016, juntamente com uma desaceleração nos volumes de transacções de investimento", acrescentam.