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Vidreira Crisal e Rega Energy assinam acordo para fornecimento de gases renováveis

Com este acordo, a Rega Energy irá fornecer não só hidrogénio verde, mas também oxigénio, à fábrica da Crisal na Marinha Grande.

Thomas Imo/AP
16 de Outubro de 2024 às 19:42
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A produtora portuguesa de vidro de mesa Crisal - parte do grupo internacional LCGlass - e a empresa de energias renováveis Rega Energy, que está a apostar forte na produção de hidrogénio verde no país, anunciaram esta quarta-feira a assinatura de um acordo de longo prazo para o fornecimento de gases renováveis.

Com este acordo, a Rega Energy irá fornecer não só hidrogénio verde, mas também oxigénio, à fábrica da Crisal na Marinha Grande, disse a empresa em comunicado.

"A LCGlass, apoiada pelo seu investidor Anders Invest, vê este acordo como um primeiro e importante passo para a descarbonização da produção do vidro de mesa. As circunstâncias de apoio do Governo português e da União Europeia tornam este investimento viável para a Crisal", disse Antoine Jordans, CEO da LCGlass, em comunicado. 

Por seu lado, Thomas Carrier, CEO da Rega Energy, salientou que "com esta parceria de longo prazo, a Crisal produzirá vidro de forma mais sustentável, maximizando a eletrificação do seu processo industrial e utilizando o hidrogénio verde e o oxigénio da Rega Energy no consumo remanescente. A nossa missão é apoiar muitas outras indústrias difíceis de descarbonizar em Portugal", acrescentou ainda.

Durante este ano, a Crisal está a instalar na Marinha Grande um forno de fusão de vidro de última geração, com um nível de eletrificação até um máximo de 80%, o que reduz significativamente a dependência dos combustíveis fósseis. O restante consumo de gás natural será gradualmente substituído por gases renováveis fornecidos pela Rega. 

Em agosto, a empresa do setor do vidro iniciou a demolição do seu antigo forno regenerativo, que será substituído por um forno oxi-híbrido (combustão com oxigénio). "Este será não só um passo significativo para aumentar a capacidade de produção e ganhar flexibilidade para atender às necessidades dos clientes, mas também reduzirá o impacto ambiental da atividade", refere a empresa. 

De acordo com Carlos Viegas, diretor industrial da Crisal, o projeto de construção deste novo forno  decorrerá ao longo de mais de três meses, devendo estar concluído em dezembro de 2024. A empresa opera no setor do vidro em Portugal há oito décadas. Em 2022 foi adquirida pelo grupo Nearlandês Anders Invest, tornando-se parte do grupo LCGlass, juntamente com a sua afiliada localizada em Leerdam,  nos Países Baixos.

Por seu lado, a Rega Energy desenvolve, constrói, detém e opera unidades de produção de biometano, hidrogénio e oxigénio verdes, fornecendo à indústria com grandes consumos de energia, gases renováveis produzidos em Portugal. 

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