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ICBC reduz montante e estende prazo de financiamento à REN

O Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) reduziu para 120 milhões de euros o seu financiamento à REN e alargou até 2020 o prazo de disponibilização desse montante.

O Haitong avalia as acções da REN em 3,20 euros, o que implica um potencial de valorização 20%. A recomendação é de comprar.

A empresa que gere a rede energética em Portugal continua a transaccionar em bolsa a desconto face às suas congéneres, refere o Haitong, que destaca a avaliação “atractiva” da REN, que paga um “dividendo seguro”.

O banco de investimento assinala que o desconto da REN face às congéneres alargou-se em 2014 e permanece perto de máximos históricos ao nível do rácio EV/EBITDA. O Haitong  destaca que está prestes a chegar à maturidade uma obrigação com custos elevados, pelo que a descida dos custos financeiros deverá contribuir para um crescimento acima de 10% nos lucros em 2017. “Actualmente, o maior risco que vemos na REN é o alargamento da taxa extraordinária sobre os activos energéticos”, refere o “research”.
Miguel Baltazar
Negócios 06 de Novembro de 2015 às 20:32
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O prazo do financiamento concedido pelo ICBC à REN e à sua subsidiária integralmente detida REN Finance BV foi estendido até 2020 e o montante a disponibilizar ao abrigo desse contrato foi reduzido para 120 milhões de euros, informa em comunicado à CMVM a empresa liderada por Rodrigo Costa.

 

Este contrato de financiamento foi anunciado há dois anos, a 12 de Novembro. Na altura, a REN disse que o prazo de financiamento era de cinco anos e que o montante a disponibilizar era de 160 milhões de euros. 

State Grid assumiu quatro compromissos na privatização da REN

1. O primeiro objectivo da parceria estratégica entre a REN e a State Grid era o "reforço da posição de liderança da REN em Portugal" e a "promoção do envolvimento da REN nas interligações do mercado ibérico com o resto da Europa e com o Norte de África". A REN entrou entretanto no projecto Medgrid (para desenvolver ligações ao Norte de África), mas o reforço da ligação da Península Ibérica a França continua a enfrentar resistências. 

 

2. A segunda área de cooperação assentava na expansão internacional da REN, nomeadamente em Angola e Moçambique, com duas "joint ventures" entre a REN e a State Grid. Também no Brasil e na China a REN deveria ser chamada a prestar serviços. Até ao momento, contudo, as oportunidades fora de Portugal ainda não geram receitas relevantes para a REN.

 

3. Um terceiro objectivo da parceria entre a REN e a State Grid era a partilha de competências tecnológicas e de "know how". Um ponto que já se traduziu na criação do centro de investigação R&D Nester, com um investimento de 12 milhões de euros. O facto de a REN ter passado a ter um "chief technological officer" chinês (administrador com o pelouro da tecnologia) deu um peso institucional a este vector.

 

4. O acordo entre as duas empresas contemplava ainda os compromissos de financiamento: um banco chinês emprestaria mil milhões de euros à REN, havendo outros três bancos disponíveis para financiar a empresa. Até agora, a REN já obteve 800 milhões do China Development Bank. Adicionalmente, contratou 160 milhões de euros com o ICBC e 200 milhões com o Bank of China.




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