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Finerge reforça posição em oito parques eólicos em Portugal e ultrapassa meta de 2 GW

"Com esta operação estratégica, que acrescenta 162 MW na capacidade de produção renovável da empresa, a Finerge ultrapassa os 2 GW de capacidade instalada na Península Ibérica", anunciou a empresa em comunicado.

Pedro Norton
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Bárbara Silva barbarasilva@negocios.pt 16 de Abril de 2024 às 11:50
A Finerge anunciou esta terça-feira a assinatura de um contrato com vista a adquirir posições em oito parques eólicos que já estão em operação em Portugal, e que atualmente são detidos pela Guild Investments Limited. "Com esta operação estratégica, que acrescenta 162 MW na capacidade de produção renovável da empresa, a Finerge ultrapassa os 2 GW de capacidade instalada na Península Ibérica", anunciou a empresa em comunicado.

Este acordo entre as duas empresas prevê a compra de 18,7% de três centrais de produção eólica  - Ventominho, Arga e Espiga - e 15,9% de um outro parque (São Paio), sendo que todos estes centros eletroprodutores renováveis se situam na região do Minho, num total de 353 MW.

Soma-se ainda a aquisição pela Finerge de 50% de quatro parques eólicos - Arada, Montemuro, Pinheiro e Cabril - em Aveiro e Viseu, totalizando estes 191 MW. "No total, a Finerge fica com uma capacidade instalada global de 2.133 MW em Portugal e Espanha", revela o mesmo comunicado. 

De acordo com a elétrica gerida por Pedro Norton, antes deste novo acordo a Finerge já detinha uma participação nestes mesmos parques eólicos, sendo responsável pela sua gestão. A conclusão da operação está pendente da autorização por parte da Autoridade da Concorrência, o que é expectável que aconteça nas próximas semanas. Depois disso, a Finerge passará a controlar totalmente sete dos oito ativos eólicos referidos (532 MW) e uma posição maioritária no parque eólico de São Paio.

"Há cinco anos, a Finerge tinha apenas 650 MW de capacidade instalada e era principalmente uma produtora de energia eólica em Portugal. Atualmente investimos em energia solar, em projetos de raiz, no mercado espanhol e nas nossas equipas especializadas. Ultrapassar a marca dos 2GW de capacidade instalada na Península Ibérica é uma conquista para a empresa e o reconhecimento do nosso trabalho", disse Pedro Norton, CEO da Finerge, sitado no mesmo comunicado, garantindo que a empresa tem "mais projetos em pipeline". 

Além das aquisições de ativos renováveis, a empresa conta com um pipeline de projetos em desenvolvimento que excedem os 1,1 GW em Portugal e em Espanha. Neste momento, são sete aqueles que estão em construção e que deverão entrar em operação já no primeiro semestre de 2024.

A Finerge explora neste momento 86 parques eólicos e 17 parques solares em 59 municípios em Portugal e 6 províncias em Espanha. Recentemente, a empresa avançou ao Negócios, um investimento de 130 milhões para comprar mais quatro centrais eólicas localizadas na região espanhola de Navarra, depois de em 2023 ter atingido uma faturação de cerca de 403,5 milhões de euros. Com a aquisição destes novos ativos à construtora saudita de parques renováveis Alfanar, que está presente no Médio Oriente, Europa, África e Ásia, a Finerge ultrapassou os 300 MW de ativos operacionais em Espanha. 

Em relação a Portugal, a empresa deu conta de terem entrado em exploração 83,6 MW em 2023, relativos a sobre-equipamentos eólicos, enquanto outros 43,3 MW iniciaram a sua construção no ano passado (entre solar e mais projetos de sobre-equipamento). Somam-se também mais 330 MW de projetos solares híbridos em fase de "procurement", que deverão iniciar a sua construção em breve, e 301 MW submetidos a licenciamento (onde se incluem os três projetos de solar flutuante do leilão de 2022).
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