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Finerge assina o seu primeiro PPA de sempre em Espanha. Vai vender energia à BP por 10 anos
Pedro Norton, CEO da Finerge, refere que "este é o primeiro PPA que assinamos e é um marco muito importante para a Finerge, que se inscreve na nossa estratégia de reduzir o risco dos ativos expostos às flutuações do mercado".
A Finerge e a BP anunciaram esta quarta-feira a assinatura de um contrato de compra de energia (Power Purchase Agreement) para o fornecimento de eletricidade de origem renovável por um período de 10 anos em Espanha, de acordo com as duas empresas. Trata-se do primeiro PPA de sempre para a Finerge.
Com este acordo, a BP comprará cerca de 100 GWh de eletricidade por ano - o equivalente ao consumo anual de mais de 34.000 lares -, juntamente com um volume equivalente de Garantias de Origem, produzida pelo Parque Eólico Navarra, propriedade da Finerge. Este parque eólico tem uma capacidade instalada de 69,11 MW e está localizado na Comunidade de Navarra, em Espanha.
Pedro Norton, CEO da Finerge, refere que "este é o primeiro PPA que assinamos e é um marco muito importante para a Finerge, que se inscreve na nossa estratégia de reduzir o risco dos ativos expostos às flutuações do mercado".
Já para a BP, trata-se do primeiro PPA de energia eólica que a empresa assina em Espanha. Segundo Olvido Moraleda, Presidente da BP Espanha, "os mercados de energia têm características muito específicas consoante o país. Em Espanha, focamo-nos em garantir que os nossos clientes asseguram as melhores opções para o fornecimento, otimização e gestão da sua procura energética."
No país, a BP opera no segmento de aquisição e venda de eletricidade (Trading & Shipping) sob a forma de PPA, para permitir o fornecimento de energia renovável a clientes como centros de dados, instalações industriais, instalações de geração renovável e flexível, veículos elétricos e serviços públicos.
"O PPA assinado com a Finerge é um marco importante no nosso negócio de eletricidade na Europa, que está em crescimento. Demonstra a nossa capacidade para responder eficazmente à procura de energia dos nossos clientes globais, ao mesmo tempo que apoiamos a transição para uma economia de baixo carbono em toda a cadeia de valor da energia," disse Jason Tate, vice-presidente da área de Power Trading & Origination na Europa da BP.
Do lado da Finerge, a empresa dá conta de ter começado, há cerca de dois anos, a preparar a migração dos seus ativos eólicos da remuneração regulada para um regime de mercado. Com esse objetivo em vista, foi formada uma equipa de Gestão de Energia, sediada nos escritórios de Madrid, que é responsável por fazer o "derisking" dos ativos que operam em mercado através de acordos de "hedging" de curto-prazo ou de PPA de longo-prazo, com o objetivo de adequar o perfil de risco do portefólio às exigências dos seus acionistas, explica a empresa liderada por Pedro Norton.
"Este primeiro PPA é um passo importante na execução do segundo ciclo de crescimento do Grupo Finerge, mais focado no desenvolvimento orgânico, recentemente aprovado pelos acionistas. É também o primeiro passo de um caminho que irá prosseguir nos próximos meses, com a celebração de outros contratos de PPA que estão em pipeline", conclui Pedro Norton.