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EDP atinge recorde de fecho na véspera de reportar resultados

Esta quarta-feira, a elétrica liderada por António Mexia estabeleceu uma nova cotação máxima de fecho nos 4,92 euros por ação, o que aconteceu um dia antes de a EDP apresentar os resultados referentes ao exercício financeiro de 2019.

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A EDP fechou a sessão bolsista desta quarta-feira, 19 de fevereiro, a somar 0,57% para 4,926 euros, cotação que representa o valor de fecho mais alto de sempre para a cotada.

Até aqui a cotação de fecho mais alta registada pela elétrica liderada por António Mexia havia sido conseguida a 12 de novembro de 2007 (4,91 euros por ação), sendo que o valor mais elevado (intraday) em que a EDP já negociou foi alcançado no dia 9 do mesmo mês e ano (5 euros por ação). Durante a negociação de hoje no PSI-20, a EDP registou a quinta valorização consecutiva para transacionar na cotação mais elevada desde novembro de 2007 (4,987 euros).


A boa prestação bolsista da EDP surgiu precisamente na véspera de a cotada reportar os resultados relativos ao exercício financeiro do ano passado, o que acontece esta quinta-feira já depois do fecho dos mercados. Os analistas do CaixaBI estimam que a EDP tenha obtido um lucro de 499,1 milhões de euros ao longo de 2019, o que compara com os 591,2 milhões de euros alcançados em 2018.

Já o EBITDA terá sido melhorado dos 3.317,1 milhões de 2018 para 3.607 milhões de euros em 2019, antecipa ainda a unidade de investimento da CGD.

A prevenir precisamente uma quebra dos lucros no exercício do ano passado, em dezembro último a EDP divulgou um comunicado em que alertava investidores e acionistas de que os resultados da cotada seriam negativamente impactados pela redução da rendibilidade das centrais a carvão num contexto de transição energética.

A EDP estimou então um custo de 300 milhões de euros e um impacto de 200 milhões devido à perda de competitividade das centrais a carvão.

A elétrica, que tem nos chineses da China Three Gorges o maior acionista, tem vindo a beneficiar de sucessivos ganhos em bolsa em 2020, renovando máximos, assim como tem sucedido à EDP Renováveis que nas últimas semanas já conseguiu estabelecer novos recordes em diversas ocasiões. 

A justificar este otimismo em torno da EDP está, entre outros factores, a reestruturação da respetiva carteira de ativos da EDP, designadamente a venda de barragens e outas operações como previsto no plano estratégico da companhia. Este plano vai permitir à elétrica aumentar o investimento nas renováveis para 250 a 500 milhões de euros por ano, segundo estima o Goldman Sachs.

O que a confirmar-se permitirá à empresa aumentar o EBITDA entre 30 a 60 milhões de euros por ano, "acelerar o perfil de crescimento dos resultados" e aumentar o dividendo por ação "depois de 10 anos de estagnação", refere o banco norte-americano.

Desde o início de 2020, a EDP acumula uma valorização em bolsa de quase 27,5% para uma capitalização bolsista de 18.012,1 milhões de euros.

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