Notícia
Bruxelas autoriza venda de 50% de central a carvão em Espanha pela EDP à Masaveu
A alienação de uma participação de 50% em Aboño, pela EDP, reflete um "enterprise value" de cerca de 350 milhões de euros e um "equity value" de 60 milhões de euros para 100% do ativo, disse a empresa ao mercado.
A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira a aprovação, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da União Europeia, da aquisição do controlo conjunto da Aboño Generaciones Eléctricas, que detém a central a carvão com o mesmo nome, em Espanha, pela EDP - Energias de Portugal e pela espanhola Corporación Masaveu, que controla a Oppidum, segundo maior acionista da EDP.
Em outubro a EDP comunicou ao mercado que tinha estabelecido um acordo com a Corporación Masaveu para a venda de 50% desta central termoelétrica nas Astúrias, tendo recebido agora a luz verde de Bruxelas para avançar com o negócoio. A elétrica aposta assim na constituição de uma nova parceria com o grupo industrial sediado nas Astúrias Corporación Masaveu, através da alienação de uma participação de 50% em Aboño, refletindo um "enterprise value" de cerca de 350 milhões de euros e um "equity value" de 60 milhões de euros para 100% do ativo.
Esta decisão enquadra-se no "compromisso de ser livre de carvão até 2025". Para isso, a EDP planeia também converter a central térmica Aboño II, em Espanha, de carvão para gás natural, o que deverá ocorrer em meados de 2025 e representará um investimento de mais de 10 milhões de euros. A unidade continuiará a "operar na combustão de gás de alto forno, um caso de estudo de economia circular na Europa através da valorização deste subproduto, evitando a emissão de um milhão de toneladas de CO2 por ano", referiu a elétrica
Entretanto, a EDP já pediu autorização ao operador do sistema elétrico espanhol - Red Eléctrica - para encerrar a central a carvão Aboño I, assim como as restantes centrais a carvão da EDP em Espanha (Soto 3 e Los Barrios). Em Portugal, a EDP já não produz energia com recurso a carvão desde 2021, quando encerrou a central de Sines.
A central a carvão asturiana de Aboño é composta por um grupo de duas centrais térmicas (Aboño I e II) com uma capacidade instalada total de 904 MW, perto de Gijón e do porto de Musel, desempenhando um papel importante no apoio à segurança do fornecimento de eletricidade à região das Astúrias.
"A nova parceria entre a EDP e Corporación Masaveu, consolidada pela EDP através do método de equivalência patrimonial, prevê o controlo conjunto na gestão de Aboño e a transferência do passivo das centrais. A EDP manterá 100% da gestão e o desenvolvimento dos projetos de transição justa a decorrer em Aboño, nomeadamente projetos de hidrogénio e energias renováveis", explicou a elétrica em comunicado.
De acordo com Bruxelas, a transação agora aprovada "diz respeito principalmente ao mercado de produção de eletricidade em Espanha", tendo concluído que a "operação notificada não suscitaria preocupações em matéria de concorrência, uma vez que as empresas não exercem atividades nos mesmos mercados ou em mercados verticalmente relacionados", referiu a Comissão Europeia.
A operação notificada foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de exame de concentrações.
Em outubro a EDP comunicou ao mercado que tinha estabelecido um acordo com a Corporación Masaveu para a venda de 50% desta central termoelétrica nas Astúrias, tendo recebido agora a luz verde de Bruxelas para avançar com o negócoio. A elétrica aposta assim na constituição de uma nova parceria com o grupo industrial sediado nas Astúrias Corporación Masaveu, através da alienação de uma participação de 50% em Aboño, refletindo um "enterprise value" de cerca de 350 milhões de euros e um "equity value" de 60 milhões de euros para 100% do ativo.
Entretanto, a EDP já pediu autorização ao operador do sistema elétrico espanhol - Red Eléctrica - para encerrar a central a carvão Aboño I, assim como as restantes centrais a carvão da EDP em Espanha (Soto 3 e Los Barrios). Em Portugal, a EDP já não produz energia com recurso a carvão desde 2021, quando encerrou a central de Sines.
A central a carvão asturiana de Aboño é composta por um grupo de duas centrais térmicas (Aboño I e II) com uma capacidade instalada total de 904 MW, perto de Gijón e do porto de Musel, desempenhando um papel importante no apoio à segurança do fornecimento de eletricidade à região das Astúrias.
"A nova parceria entre a EDP e Corporación Masaveu, consolidada pela EDP através do método de equivalência patrimonial, prevê o controlo conjunto na gestão de Aboño e a transferência do passivo das centrais. A EDP manterá 100% da gestão e o desenvolvimento dos projetos de transição justa a decorrer em Aboño, nomeadamente projetos de hidrogénio e energias renováveis", explicou a elétrica em comunicado.
De acordo com Bruxelas, a transação agora aprovada "diz respeito principalmente ao mercado de produção de eletricidade em Espanha", tendo concluído que a "operação notificada não suscitaria preocupações em matéria de concorrência, uma vez que as empresas não exercem atividades nos mesmos mercados ou em mercados verticalmente relacionados", referiu a Comissão Europeia.
A operação notificada foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de exame de concentrações.