A Yukos, a maior petrolífera russa, vai deixar de fornecer a China no próximo mês depois do governo ter congelado as suas contas bancárias impedindo a companhia de pagar os serviços do transporte ferroviário.

A Yukos vai reduzir as entregas à China National Petroleum em 150 mil toneladas métricas este mês, e em Outubro não vai fornecer mais, anunciou hoje o responsável da Yukos na China, Sergei Prisyazhniuk.

Os clientes europeus que recebam o petróleo via caminhos-de-ferro também podem ver cortado o fornecimento, avançou o mesmo responsável à Bloomberg.

É a primeira vez que a petrolífera russa reduz o fornecimento desde que começou a disputa de impostos com o governo de Vladimir Putin. Este anúncio de corte de fornecimento fez disparar os preços do petróleo.

O crude [cl1], que negociava em Nova Iorque acima dos 46 dólares, depois de 17 dias abaixo deste valor, avançava 0,97% para os 46,03 dólares (37,86 euros), e o «brent» [co1], transaccionado em Londres, valorizava 1,25% para 42,98 dólares (35,35 euros).

Os primeiros-ministros da Rússia e da China, Mikhail Fradkov e Wen Jiabao, respectivamente, vão reunir em Moscovo entre dia 23 e 25 de Setembro. As conversações entre os dois países podem persuadir a Rússia a construir um oleoduto para a China como parte de um plano de ligação entre a Sibéria e o Oceano Pacífico.

O fornecimento de 250 mil toneladas por mês à China Petrochemical não será afectado.