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Union Fenosa admite parceria com EDP a médio prazo
A Union Fenosa, terceira eléctrica espanhola, admite que uma aliança ou mesmo uma parceria com cruzamento de participações com a Electricidade é realizável.
A Union Fenosa, terceira eléctrica espanhola, admite que uma aliança ou mesmo uma parceria com cruzamento de participações com a Electricidade de Portugal (EDP) é realizável.
Em declarações ao site espanhol Invertia, o presidente da empresa, Antonio Basagoiti, admite o cenário no médio prazo, mas condiciona-o à clarificação accionista da EDP em relação ao Governo e em relação a outros parceiros como a italiana Eni e a espanhola Iberdrola.
O presidente executivo da Union Fenosa desmente ainda a existência de negociações entre as duas companhias, rumor que é aliás recorrente nos mercados bolsistas.
Em causa está para já a saída ou redução da posição do Estado, directa e indirecta de 30%, na EDP. Não obstante a privatização ser um objectivo político do Governo, este não se tem comprometido com um calendário.
Por outro lado, estão ainda em aberto as condições e compromissos que a EDP vai ter que assumir no quadro da parceria que anunciou na sexta-feira com a italiana Eni para os activos de comercialização de gás natural. E a negociação dos acordos parassociais pode ter em vista o mercado espanhol, onde as duas empresas têm presença relevante. Aliás, o grupo italiano comprou 50% da divisão de gás da Union Fenosa.
Basagoiti considera que um acordo entre a Fenosa e a EDP pode ser interessante do ponto de vista da diversificação geográfica, permitindo à eléctrica portuguesa reforçar a sua posição no mercado espanhol face à Iberdrola e à Endesa.
O presidente executivo da EDP, João Talone, tem assinalado a sua abertura para realizar acordos concretos com qualquer uma das eléctricas espanholas “sempre que haja situações operacionais em determinadas regiões em que uma relação de cooperação sirva para criar valor para as partes”.
Em Espanha, a EDP controla 40% da quarta maior eléctrica espanhola.
As acções da EDP encerraram nos 2,18 euros, a subir 0,46%.