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Tributação dos lucros extraordinários das empresas: entre a aspiração e a realidade
A riqueza extrema e a pobreza extrema aumentaram simultaneamente pela primeira vez em 25 anos.
Longe vão os tempos em que empresas como a General Electric, a AIG ou o City Bank figuravam nos lugares cimeiros das empresas mais lucrativas do mundo. Na 20ª edição do ranking "Global 2000", publicado pela revista Forbes, o cenário agora é outro e bem diferente.
Entre as empresas que integram o top 10 em 2023, o JPMorgan ocupa o pódio, a Saudi Arabian Oil Company está em 2º lugar, seguida por três gigantescos bancos estatais chineses, o Bank of America, a Exxon-Mobil e por gigantes tecnológicos como a Apple, a Alphabet ou a Microsoft. O JPMorgan, o maior banco americano com 3,7 biliões de dólares em activos, está no topo da lista pela primeira vez desde 2011 e em contraponto com o número 1 do ano passado, a famosa Berkshire Hathaway do multimilionário Warren Buffett, que teve uma queda brutal devido a perdas não realizadas na sua carteira de investimentos, ocupando agora a 338ª posição.
Como se pode ler na introdução ao ranking pela revista Forbes, "o Global 2000 classifica as maiores empresas do mundo utilizando quatro métricas: vendas, lucros, activos e valor de mercado. No seu conjunto, as empresas da lista de 2023 representam 50,8 biliões de dólares em vendas, 4,4 biliões de dólares em lucros, 231 biliões de dólares em activos e 74 biliões de dólares em valor de mercado. Os lucros acumulados, os activos e o valor de mercado diminuíram ligeiramente em relação ao ano passado, embora esta seja a primeira vez que as receitas totais ultrapassam os 50 biliões de dólares. Há 58 países representados pelas empresas cotadas na lista. Os EUA lideram com 611 empresas no ranking, e a China vem em segundo lugar com 346 empresas no Global 2000". Os dados recolhidos para a realização do ranking são referentes a 2022.
Adicionalmente e em conjunto, 722 das maiores empresas do mundo arrecadaram mais de 1 bilião de dólares em lucros extraordinários a cada ano nos últimos dois anos, – entre o aumento dos preços e das taxas de juros – enquanto milhares de milhões de pessoas foram obrigadas a cortar na sua alimentação ou a passar fome no mesmo período.
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